Un'ulteriore conferma che la supervisione della BCE aiuterà a spezzare le connivenze tra banche e potentati (economici, politici, burocratici...) locali:
Draghi. "Foi graças aos padrões do BCE que o Banco de Portugal descobriu" situação no BES
Pela primeira vez, o presidente do Banco Central Europeu pronunciou-se sobre a situação no BES. Foi no decorrer de uma audição no Parlamento Europeu, em resposta a uma pergunta da socialista Elisa Ferreira.
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Daniel do Rosário, correspondente em Bruxelas |
14:45 Segunda feira, 22 de setembro de 2014
Mario Draghi rejeitou esta segunda-feira qualquer responsabilidade do Banco Central Europeu (BCE), enquanto membro da troika, na demora em detetar os problemas do Banco Espírito Santo (BES), salientando que atuação do Banco de Portugal neste caso apenas foi possível graças ao papel do BCE.
"O envolvimento do BCE no BES foi o envolvimento que teve quando era parte da troika - não esteve envolvido de todo num banco específico", começou por afirmar o presidente do BCE em resposta a uma pergunta da socialista Elisa Ferreira.
Draghi acrescentou que, no âmbito da troika, o BCE "dotou a instituição supervisora em Portugal [o Banco de Portugal] com melhores padrões, contribuiu para o esforço da troika através do desenho e formulação de melhores padrões, melhor análise de crédito".
"Dizem-me que foi precisamente devido a estes padrões que a autoridade supervisora portuguesa foi capaz de descobrir [o que foi revelado] sobre o BES", rematou Draghi.
O presidente do BCE fez estas declarações no decorrer de uma audição da comissão dos assuntos económicos do Parlamento Europeu (PE), em Bruxelas.
O italiano foi interpelado sobre o BES por Elisa Ferreira, que recordou que "o BCE esteve intimamente envolvido na supervisão dos bancos mais importantes de Portugal, no quadro do programa da troika" e deixou a pergunta: "o que é que correu mal e qual foi o seu papel na troika?".
Ferreira perguntou ainda a Draghi se o caso BES não pode colocar em risco "a credibilidade do BCE", enquanto futuro supervisor único europeu, mas esta parte da interpelação ficou sem resposta.