O governador Antonio Anastasia declarou ontem que o governo mineiro vai insistir para que o preço mínimo da saca de café seja reajustado. No começo do mês passado, o governo federal estipulou o valor mínimo de R$ 307 para a saca do café arábico, enquanto o valor reivindicado pelos produtores seria de R$ 340. “Formalizamos por escrito esse pedido e vamos continuar insistindo. O governo federal não despende recursos para o preço mínimo, é apenas uma garantia que o produtor precisa”, disse Anastasia, na manhã de ontem, durante abertura da feira Superagro, no Expominas.
A queixa foi seguida pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões. “Precisávamos do apoio. Bastava o governo federal acenar com um preço mínimo mais alto, que os preços começariam a reagir”. Segundo ele, com essa remuneração e com os preços abaixo do esperado, a produção de café em algumas regiões de Minas – maior produtor nacional – está se tornando inviável.
Os produtores também reclamam porque a própria Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) havia sinalizado um reajuste para R$ 336. O preço mínimo do café tipo arábico estava paralisado desde 2009 e o novo valor foi estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CNM). O preço anterior era de R$ 261,69 e o incremento representou um aumento de 17,3%.
Esse valor serve como referência das ações de incentivo do governo, como os leilões públicos de opção de compra de sacas e até a formação de estoques reguladores, administrados pela Conab.