Porto Alegre, 1 de março de 2016 – A safra brasileira de café 2016/17 foi estimada em 56,25 milhões de sacas de 60 kg pela trading Comexim (Comissária Exportadora e Importadora). Assim, deverá haver um aumento de 13% na produção
contra as 49,9 milhões de sacas colhidas na temporada do ano passado, que foi atingida pela seca.
O número da Comexim acaba reforçando um consenso entre as tradings de que o Brasil deve colher este ano entre 54 a 56 milhões de sacas, observa o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach. A Terra Forte apontou a produção
em 54,16 milhões de sacas; a Unicafé em 54 milhões; e a Wolthers em 54 milhões também. Barabach lembra que o governo brasileiro, através da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento), trabalha com produção de 49,1 a 51,9
milhões de sacas. “Em outros momentos, essa diferença entre o número oficial do governo e o das tradings já foi bem maior”, compara Barabach.
Segundo a Comexim, o Brasil deve colher 44,35 milhões de sacas de café arábica e 11,9 milhões de sacas de conilon. A perspectiva se baseia no retorno das chuvas às regiões produtoras de arábica, que devem melhorar bem a
produtividade.
“Nós esperamos que a oferta de grãos maiores volte aos níveis normais”, disse o operador da Comexim Mauricio Pires Di Cunto. “Atualmente, há um prêmio de 30 centavos de dólar por saca nas peneiras 2016/17 e maiores sobre os grãos menores, mas esperamos que isso caia”.
A Comexim disse que os estoques devem cair para 159.774 sacas em 30 de junho, quando o ano safra oficialmente termina, os menores níveis na história recente. O Brasil tinha pouco mais de 10,6 milhões de sacas de estoques antigos
no fim de junho de 2015, disse a Comexim anteriormente. Os estoques totalizavam25,56 milhões de sacas em 1 de janeiro de 2016.
Com informações complementares da Reuters.