Titoli di Stato area Euro Titoli di stato Portogallo - Tendenze ed operatività

La giornata del ventennale.

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..altro particolare sul 45...

..sul Mot siamo passati dai 2.176.000 di ieri agli 11.658.000 di oggi..

...Mario/ricoperture?..la sostanza non cambia...più che quintuplicati gli scambi...
 
Il punto sulla presentazione del bilancio 2017 avvenuta ieri sera. In sintesi il governo prevede un aumento delle entrate intorno al 4,1% del Pil, quasi doppio rispetto a quello previsto per le uscite (+2,1%); il tutto a fronte di un aumento nominale del Pil di circa il 3%, che al netto dell'inflazione attesa diventa +1,5%.
Non diversamente dal bilancio di quest'anno, anche per il 2017 il governo conta su un leggero alleviamento delle imposte dirette (che crescerebbero un po' meno del Pil nominale) e un aumento di quelle indirette, con un forte contenimento dei consumi intermedi (derivante in buona parte da una maggior efficienza nella gestione della spesa nella p.a.). L'investimento non dovrebbe risentirne (mentre quest'anno è sceso del 16%, l'anno prossimo dovrebbe aumentare considerevolmente).
Questo il piano esposto da Centeno, consegnato ieri al parlamento e a Bruxelles. Nelle prossime settimane si saprà cosa ne pensano i commissari.

A aposta em receitas extra-tributárias (vendas, dividendos, recuperação de garantias, fundos comunitários ) e na contenção genérica de despesas (com uma efectiva regra de dois por um na admissão de funcionários e o quase congelamento dos consumos intermédios) advinham-se leituras cépticas sobre a capacidade do Executivo entregar o resultado prometido que, a confirmar-se, será o menor défice orçamental em democracia.

A seu favor, Mário Centeno pode argumentar com um défice público este ano na casa dos 2,5% do PIB, um resultado que muitos consideravam difícil.
Contra si, está o facto de o ter conseguido com uma contenção radical do investimento (que caiu 16 %, a terceira maior queda em duas décadas) e de apresentar desvios significativos na execução tanto de despesas como de receitas.

As contas serão agora analisadas em Lisboa, e ainda mais importante, em Bruxelas, onde a Comissão Europeia irá avaliar se o Governo cumprirá as recomendações que foram dirigidas ao país em Agosto: fechar 2016 com um défice de 2,5% do PIB, garantindo uma manutenção do saldo estrutural este ano, e uma melhorias de 0,6 pontos no seguinte.

O Governo diz que cumprirá todas essas metas e terá até um desempenho melhor que pedido. No arranque de 2016, Governo e Comissão chocaram de frente quanto à natureza e dimensão das medidas de consolidação orçamental apresentadas pelo Governo. O facto do Executivo esperar garantir a redução do saldo estrutural em boa parte com receitas como as garantias do BPP, os dividendos do banco de Portugal ou o mais recente perdão fiscal faz antever negociações difíceis entre Lisbia e Bruxelas nas próximas semanas.

Esse será um debate essencial para o futuro do país, visto que uma avaliação positiva de Bruxelas e a concretização das metas orçamentais poderia permitir o cancelamento do processo de suspensão de fundos comunitários que está em curso, e esperar fechar o Procedimento dos Défices Excessivos no próximo ano.


O Orçamento em que a receita dá uma sova à despesa


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La situazione dell'investimento pubblico.

O investimento tem sido o calcanhar de Aquiles do Governo português este ano. Não só está a cair no privado, como regista uma forte contracção no sector público. É um dos principais motivos apontados para a actividade económica estar a desiludir.


No Orçamento do Estado para este ano, o Governo já previa uma contracção de 5,6% da formação bruta de capital fixo (FBCF) do Estado.
Mas 2016 está a correr muito pior do que Mário Centeno antecipava. Os dados actualizados levam o Ministério das Finanças a estimar agora uma diminuição de 16,1% do investimento público.
Uma quebra quase três vezes mais profunda.


O Governo tem justificado este desenvolvimento negativo com a demora em colocar os fundos europeus no terreno. O Estado depende muito do financiamento comunitário para avançar com investimentos e, num ambiente de consolidação orçamental exigente, tornou-se mais difícil executá-los sem essa ajuda europeia.

Para o próximo ano, o Executivo de António Costa compromete-se a compensar a quebra deste ano, com um aumento de 21,9% do investimento público. Em vez de gastar 3,4 mil milhões de euros com investimentos, o Estado poderá avançar com quase 4,2 mil milhões. São mais 750 milhões de euros entre um ano e outro.

(JdN)
 
Reuters.

Portugal's minority government unveiled a 2017 draft budget on Friday targeting an ambitious deficit reduction to 1.6 percent of GDP from this year's estimated 2.4 percent, yet vowing some tax cuts and pension hikes to secure its approval in parliament.

Presenting the budget bill at a news conference, Finance Minister Mario Centeno said it involves rigorous control of state spending and will further consolidate public finances.

The centre-left Socialist government, which is backed in parliament by two far left parties, expects the economy to grow at a slightly higher pace of 1.5 percent next year following a slowdown to 1.2 percent in 2016.

Portugal's anemic growth has triggered investor worries that the heavily indebted country could lose its last investment-grade rating and, without which the European Central Bank would stop buying its bonds, possibly triggering a new debt crisis.

But the government has said the budget should convince rating agencies to at least maintain their stance on Portugal and possibly upgrade their marks next year. Canada's DBRS, the last of the major raters that keeps Portugal at investment grade, is due to review its stance on Oct. 21.

The Communists and the Left Bloc, who jointly with the Socialists hold the majority of parliament seats, have signalled they would support the general outlines of the budget proposal, but seek "improvements" before the final vote.
 
Bloomberg.

The Portuguese government cut its growth outlook and said the budget deficit and debt ratio will be higher than previously forecast.

The economy will grow 1.2 percent in 2016 and 1.5 percent in 2017, lower than estimates announced in April for expansion of 1.8 percent in each year, the Finance Ministry said in its 2017 budget proposal. The budget deficit will narrow to 1.6 percent in 2017 from 2.4 percent in 2016, which is wider than the 2.2 percent target announced in April for this year. Still, it’s within the 2.5 percent limit set by the European Commission.
Debt is projected to increase to 129.7 percent of gross domestic product in 2016 from 129 percent in 2015, before falling to 128.3 percent in 2017. The finance ministry’s previous forecast was for a ratio of 124.8 percent this year. In September it announced plans to inject as much as 2.7 billion euros ($3 billion) in state-owned bank Caixa Geral de Depositos SA.

Prime Minister Antonio Costa is increasing pensions and reversing state salary cuts faster than the previous administration proposed as he tries to help the economy recover, while raising indirect taxes. Costa’s minority Socialist government has been propped up in parliament by the Left Bloc, Communists and Greens, which haven’t followed his party in backing European budget rules in the past.


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“This budget bets on the recovery of income with a reduction of the tax burden, particularly of direct taxes on income,” Finance Minister Mario Centeno said at a press conference in Lisbon on Friday night. “It’s a budget that considers that the recovery of income has to be based on an economy that generates jobs.”

While the economy may be growing slower than Costa previously forecast, unemployment is dropping faster. The government sees the jobless rate declining to 10.3 percent in 2017 from 11.2 percent in 2016.

The budget includes a plan to gradually end an income tax surcharge during 2017. Meanwhile, the government is introducing a new tax on property wealth exceeding 600,000 euros per owner that’s expected to raise 160 million euros next year. It’s also adding a tax on certain sugary drinks that will raise 80 million euros, according to the proposal.

An initial vote on the budget is scheduled for Nov. 4.
 
Il parere di Unicredit sui 6 aspetti che la DBRS considera nelle valutazioni del rating. I due riportati presentano – secondo UCG – cambiamenti rispetto alla revisione di aprile, mentre gli altri 4 (riassunti nell'articolo completo) risultano invariati.

A DBRS não deverá fazer alterações no "rating" de Portugal na próxima sexta-feira, 21 de Outubro, segundo o Unicredit.
"Esperamos que a DBRS deixe o "rating" de Portugal inalterado, já que as variáveis que são observadas de perto pela agência para fazer a sua avaliação não mostram alterações materiais desde a última revisão em Abril", referem os analistas do banco italiano, numa nota de investimento a que o Negócios teve acesso.

O banco italiano explica que "a metodologia da DBRS mapeia os riscos que podem comprometer a capacidade e a vontade dos governos em cumprir com as suas obrigações de forma completa e atempada, com um leque alargado de factores económicos e institucionais". E detalha que "estes factores são agrupados em seis categorias principais e medidos com base em vários indicadores qualitativos e quantitativos".

O Unicredit avaliou cada um desses elementos, estabelecendo uma classificação sobre como evoluíram desde a última revisão do "rating" em Abril.

• Política e gestão orçamental ("mais riscos")

O ministro das Finanças esteve reunido com responsáveis da DBRS no final da semana passada e salientou que a agência se sentia "muito confortável" com a situação orçamental portuguesa. No entanto, o Unicredit defende que neste elemento analisado pela agência pode haver mais riscos que na revisão de Abril.

Salienta que se "o défice ficar em linha com a meta de 2,5% isso seria associado a uma abordagem orçamental neutral, sem alterações no saldo primário estrutural". E salienta a pressão da Comissão Europeia "para um ajustamento estrutural de 0,6 pontos percentuais em 2017, 0,2 pontos percentuais do que o planeado no programa de estabilidade".

Apesar de considerar que há mais riscos face à última avaliação, o Unicredit antecipa que as garantias dadas pelo Governo de que se iria atingir a meta de 2,5% do défice este ano "será muito provavelmente suficiente para a DBRS expressar confiança no plano orçamental".

• Dívida e liquidez ("A melhorar")

A evolução da dívida e a situação de liquidez do Estado é outro dos pilares na avaliação da DBRS. E para o Unicredit, esses elementos dão sinais de melhoria. O banco italiano revela que a agência utiliza as estimativas do FMI como base da sua análise de sustentabilidade da dívida e salienta que essas projecções apontam "para uma suave trajectória de descida para a dívida sobre o PIB em 2020".

O Unicredit considera que "é improvável que a avaliação da DBRS sobre a dinâmica da dívida divirja de forma significativa da que foi conduzida em Abril, quando o rácio da dívida sobre o PIB foi julgado como continuando num caminho de descida, apesar de ser ‘particularmente susceptível’ a choques negativos".

Já em relação à posição de liquidez são tidos em conta "as almofadas de tesouraria, as necessidades de refinanciamento, o custo e a maturidade média da dívida e a diversificação da base de investidores". O Unicredit considera que esses elementos "melhoraram de forma significativa para Portugal, tornando-o mais resiliente a subidas da pressão dos mercados".

Como evoluíram os seis factores-chave para a decisão da DBRS?
 
Il parere di Marques Mendes sul bilancio 2017.

Este Orçamento é mais realista e credível que o deste ano. Mas é, no essencial, um orçamento de continuidade. Continuidade em relação a 2016. E tem quatro marcas claras – a marca de Bruxelas (o défice), a marca do PCP e do BE (as pensões), a marca de Centeno (os aumentos de impostos) e a marca eleitoral (é um orçamento que dá uma ajuda nas autárquicas).

Comecemos pela marca de Bruxelas. Essa marca é a redução do défice para 1,6% do PIB no próximo ano. É o aspecto mais positivo e impressivo do Orçamento.
a) Positivo porque menos défice significa menos dívida e menos dívida pode significar no futuro menos impostos para a financiar.

b) Impressivo porque demonstra uma confirmação e um "milagre".

A confirmação: como sempre tenho dito, o Governo não compra uma guerra com Bruxelas. Está amarrado a Bruxelas. Porquê? Porque sabe que uma guerra com Bruxelas podia significar uma guerra com os mercados, uma guerra com a única agência de rating que nos protege e tudo isso podia comprometer o nosso financiamento externo.

O "milagre" é a "conversão" do PCP e do BE ao Tratado Orçamental.
Temos agora os 5 partidos parlamentares ligados ao Tratado Orçamental. PS, PSD e CDS porque o aprovaram. PCP e BE porque o cumprem. Fica para a história que os dois partidos que sempre se opuseram à redução do défice vão aprovar agora o défice mais baixo de sempre. Não sei como explicam esta cambalhota aos seus eleitores. Mas uma coisa é certa: há poucos anos ninguém imaginaria um consenso destes.

Notas da semana de Marques Mendes no Negócios
 

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