Vespasianus
Princeps thermarum
Marques Mendes su Novo Banco e bilancio pubblico.
ECONOMIA PRESA POR ARAMES?
Esta semana tivemos sinais em várias direcções (FMI elogia resultados de 2016 mas torce o nariz a 2017); os resultados das exportações em Outubro caíram; e sobretudo os juros da dívida voltaram a subir e estão próximo dos 4%.
Tudo isto ajuda a confirmar que, em matéria económica e financeira, estamos ainda muito presos por arames. Ou seja, toda situação é muito frágil. Não é tempo de depressão mas também não é motivo para embandeirar em arco. Temos, em resumo, duas situações bem distintas: ILUSÃO e RISCO.
a) Primeiro: vivemos nalguma ilusão de que a crise passou definitivamente e tudo está sólido. Essa situação advém da devolução de rendimentos, do clima político e social distendido, do crédito mais barato.
b) Segundo: corremos riscos enormes. O risco de o BCE acabar com a sua política de compra de dívida (pode ser daqui a um ano); o risco de a DBRS alterar a nossa classificação; o risco de um acontecimento externo desfavorável que contamine Portugal; o risco da incerteza internacional; o risco de uma subida dos juros da dívida, como está a suceder. São muitos riscos a ter em atenção.
VENDA DO NOVO BANCO
Estamos mesmo a chegar ao fim do processo de venda. Qual é o actual ponto da situação?
a) As negociações financeiras com os vários concorrentes terminaram na passada sexta-feira. Os concorrentes apresentaram as suas propostas finais revistas;
b) Confirma-se o que aqui referi na passada semana: do ponto de vista financeiro (ou seja, do ponto de vista de encaixe para o vendedor – o Fundo de Resolução) a proposta dos chineses é a mais forte;
c) Seguem-se agora, até à decisão final, três coisas: a negociação dos aspectos contratuais; os habituais contactos com o Banco Central Europeu; e a articulação de posições entre Banco de Portugal e Governo. O que tudo deverá suceder ao longo da próxima semana.
d) A decisão final deverá ser tomada na semana de Natal ou entre o Natal e o final do ano.
Empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução (3,9 mil milhões)
a) Seja qual for o valor final da venda (sempre muito abaixo do empréstimo concedido pelo Estado ao Fundo de Resolução), está sempre garantido que o Estado receberá a totalidade do valor do empréstimo e respectivos juros;
b) O empréstimo, como já se sabe, é ao Fundo de Resolução que o pagará ao longo dos anos com os respectivos juros, através das quotizações que os Bancos fazem para o Fundo;
c) Ou seja, não haverá prejuízo para os contribuintes.
...
Uma informação sobre a execução orçamental do mês de Novembro – Resultados de Novembro (ainda não divulgados) são muito positivos. Permitem acalentar um défice entre 2,4% e 2,5% do PIB.
Marques Mendes: Negociações financeiras para a compra do Novo Banco terminaram na sexta-feira
ECONOMIA PRESA POR ARAMES?
Esta semana tivemos sinais em várias direcções (FMI elogia resultados de 2016 mas torce o nariz a 2017); os resultados das exportações em Outubro caíram; e sobretudo os juros da dívida voltaram a subir e estão próximo dos 4%.
Tudo isto ajuda a confirmar que, em matéria económica e financeira, estamos ainda muito presos por arames. Ou seja, toda situação é muito frágil. Não é tempo de depressão mas também não é motivo para embandeirar em arco. Temos, em resumo, duas situações bem distintas: ILUSÃO e RISCO.
a) Primeiro: vivemos nalguma ilusão de que a crise passou definitivamente e tudo está sólido. Essa situação advém da devolução de rendimentos, do clima político e social distendido, do crédito mais barato.
b) Segundo: corremos riscos enormes. O risco de o BCE acabar com a sua política de compra de dívida (pode ser daqui a um ano); o risco de a DBRS alterar a nossa classificação; o risco de um acontecimento externo desfavorável que contamine Portugal; o risco da incerteza internacional; o risco de uma subida dos juros da dívida, como está a suceder. São muitos riscos a ter em atenção.
VENDA DO NOVO BANCO
Estamos mesmo a chegar ao fim do processo de venda. Qual é o actual ponto da situação?
a) As negociações financeiras com os vários concorrentes terminaram na passada sexta-feira. Os concorrentes apresentaram as suas propostas finais revistas;
b) Confirma-se o que aqui referi na passada semana: do ponto de vista financeiro (ou seja, do ponto de vista de encaixe para o vendedor – o Fundo de Resolução) a proposta dos chineses é a mais forte;
c) Seguem-se agora, até à decisão final, três coisas: a negociação dos aspectos contratuais; os habituais contactos com o Banco Central Europeu; e a articulação de posições entre Banco de Portugal e Governo. O que tudo deverá suceder ao longo da próxima semana.
d) A decisão final deverá ser tomada na semana de Natal ou entre o Natal e o final do ano.
Empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução (3,9 mil milhões)
a) Seja qual for o valor final da venda (sempre muito abaixo do empréstimo concedido pelo Estado ao Fundo de Resolução), está sempre garantido que o Estado receberá a totalidade do valor do empréstimo e respectivos juros;
b) O empréstimo, como já se sabe, é ao Fundo de Resolução que o pagará ao longo dos anos com os respectivos juros, através das quotizações que os Bancos fazem para o Fundo;
c) Ou seja, não haverá prejuízo para os contribuintes.
...
Uma informação sobre a execução orçamental do mês de Novembro – Resultados de Novembro (ainda não divulgados) são muito positivos. Permitem acalentar um défice entre 2,4% e 2,5% do PIB.
Marques Mendes: Negociações financeiras para a compra do Novo Banco terminaram na sexta-feira