Rottweiler
Forumer storico
Sull'importante punto delle (non) responsabilità di Novo Banco nei confronti di chi minaccia di procedere legalmente:
NOVO BANCO PRETENDE “BLINDAGEM” CONTRA TRIBUNAIS
Dezembro 29th, 2014
Citamos:
Jornal de Negócios
A alienação do banco segue indiferente a processos contra a resolução do BES. O comprador terá garantia para se proteger da litigância. Ameaça de nova acção da Goldman Sachs não afasta interessados. Apollo é a próxima a avançar.
O processo de venda do Novo Banco vai ser blindado contra as consequências dos processos judiciais que já correm ou venham a entrar nos tribunais contestando a resolução do BES e outras decisões tomadas pelo Banco de Portugal (BdP) no quadro desta medida. Todos os potenciais compradores do banco liderado por Eduardo Stock da Cunha preparam-se para exigir uma garantia que salvaguarde os seus interesses dos efeitos da litigância à volta do Novo Banco. Uma rede de segurança que deve ser dada pelo Fundo de Resolução, accionista da instituição.
Depois de 20 fundos que investiram em dívida subordinada do BES terem contestado judicialmente a resolução do banco e processado o Governo, BdP e CMVM, a Goldman Sachs ameaçou o supervisor bancário com nova acção judicial. Mas nem os processos já em curso nem este ultimato afastaram os interessados na compra do Novo Banco. BPI, Santander e Fosun já avançaram com manifestações de interesse. A Apollo, gestora norte-americana de “private equity”, será dos próximos candidatos a formalizar a entrada no processo, sabe o Negócios.
Braço-de-ferro entre Goldman Sachs e BdP
Apesar de não ter consequências imediatas na venda do Novo Banco, o braço-de-ferro entre a Goldman Sachs e o BdP promete fazer correr muita tinta. O banco de investimento norte-americano contesta o facto de o supervisor ter decidido fazer regressar ao BES um empréstimo de 834 milhões de dólares concedido a esta instituição em Julho, através da Oak Finance, um veículo sedeado no Luxemburgo que actuava por conta da Goldman Sachs. A resolução, de 22 de Dezembro, dita perdas de idêntico valor para a instituição que tem no conselho consultivo o ex-ministro do PSD José Luís Arnaut.
A decisão da entidade liderada por Carlos Costa foi baseada no facto de, em Julho, a Goldman Sachs ter tido uma participação qualificada (superior a 2%) no banco. Segundo a legislação europeia, ficam no “banco mau” as responsabilidades perante entidades que tenham tido posições qualificadas no banco alvo da resolução nos dois anos anteriores.
O banco norte-americano garante que esta participação não era sua, mas detida “no sentido de facilitar a transacção de clientes”, como afirmou a 23 de Julho fonte oficial da Goldman às agências noticiosas. E acusa o BdP de, com a sua decisão, estar a “contrariar expectativas” criadas pelo supervisor. Isto porque alega que, “a 11 de Agosto de 2014, um alto representante do BdP explicitamente confirmou por escrito à Goldman Sachs a transferência dessas obrigações sénior [que financiaram o BES] para o Novo Banco”.
A entidade liderada por Carlos Costa contesta estas alegações, assegurando que a carta que recebeu do banco “não fazia qualquer referência ao crédito da Oak Finance” e que “a resposta foi também genérica, sem qualquer menção ao referido crédito”. Até porque, sublinha, “àquela data, não era do conhecimento do BdP que a Oak Finance actuava por conta da Goldman Sachs”.
O supervisor aponta ainda o dedo ao banco de investimento, revelando que os contactos com a Oak e o seu accionista Stichting Oak Finance “não permitiram conhecer a identidade do beneficiário das sociedades”. A sua ligação à Goldman Sachs foi “determinada” posteriormente “por outro meios”, levando o BdP a decidir devolver ao BES o crédito dado pela Oak. Para o supervisor também não há dúvidas de que o banco norte-americano foi accionista qualificado do BES, uma vez que nos comunicados enviados à CMVM nunca disse actuar em nome de clientes.
Perda da Goldman Sachs reforça solidez do NB
O regresso ao “banco mau” do crédito que o BES obteve junto da Goldman Sachs, e que foi concedido através da Oak Finance, vai reforçar o nível de solidez do Novo Banco e ditar uma perda no banco de investimento. Esta alteração ao perímetro de activos do banco de transição liberta 548,3 milhões de euros de reservas, o que permitirá aumentar o rácio de capital mais exigente da instituição em cerca de um ponto percentual. Tendo em conta o balanço de abertura do Novo Banco, o rácio de solidez mais exigente passaria assim de 9,2% para mais de 10%. Este reforço de solidez só terá reflexos no banco liderado por Eduardo Stock da Cunha quando forem fechadas as contas relativas a 31 de Dezembro de 2014. Isto porque a transferência do crédito da Oak para o BES só aconteceu depois da decisão do Banco de Portugal adoptada a 22 de Dezembro.
NOVO BANCO PRETENDE “BLINDAGEM” CONTRA TRIBUNAIS
Dezembro 29th, 2014
Citamos:
Jornal de Negócios
A alienação do banco segue indiferente a processos contra a resolução do BES. O comprador terá garantia para se proteger da litigância. Ameaça de nova acção da Goldman Sachs não afasta interessados. Apollo é a próxima a avançar.
O processo de venda do Novo Banco vai ser blindado contra as consequências dos processos judiciais que já correm ou venham a entrar nos tribunais contestando a resolução do BES e outras decisões tomadas pelo Banco de Portugal (BdP) no quadro desta medida. Todos os potenciais compradores do banco liderado por Eduardo Stock da Cunha preparam-se para exigir uma garantia que salvaguarde os seus interesses dos efeitos da litigância à volta do Novo Banco. Uma rede de segurança que deve ser dada pelo Fundo de Resolução, accionista da instituição.
Depois de 20 fundos que investiram em dívida subordinada do BES terem contestado judicialmente a resolução do banco e processado o Governo, BdP e CMVM, a Goldman Sachs ameaçou o supervisor bancário com nova acção judicial. Mas nem os processos já em curso nem este ultimato afastaram os interessados na compra do Novo Banco. BPI, Santander e Fosun já avançaram com manifestações de interesse. A Apollo, gestora norte-americana de “private equity”, será dos próximos candidatos a formalizar a entrada no processo, sabe o Negócios.
Braço-de-ferro entre Goldman Sachs e BdP
Apesar de não ter consequências imediatas na venda do Novo Banco, o braço-de-ferro entre a Goldman Sachs e o BdP promete fazer correr muita tinta. O banco de investimento norte-americano contesta o facto de o supervisor ter decidido fazer regressar ao BES um empréstimo de 834 milhões de dólares concedido a esta instituição em Julho, através da Oak Finance, um veículo sedeado no Luxemburgo que actuava por conta da Goldman Sachs. A resolução, de 22 de Dezembro, dita perdas de idêntico valor para a instituição que tem no conselho consultivo o ex-ministro do PSD José Luís Arnaut.
A decisão da entidade liderada por Carlos Costa foi baseada no facto de, em Julho, a Goldman Sachs ter tido uma participação qualificada (superior a 2%) no banco. Segundo a legislação europeia, ficam no “banco mau” as responsabilidades perante entidades que tenham tido posições qualificadas no banco alvo da resolução nos dois anos anteriores.
O banco norte-americano garante que esta participação não era sua, mas detida “no sentido de facilitar a transacção de clientes”, como afirmou a 23 de Julho fonte oficial da Goldman às agências noticiosas. E acusa o BdP de, com a sua decisão, estar a “contrariar expectativas” criadas pelo supervisor. Isto porque alega que, “a 11 de Agosto de 2014, um alto representante do BdP explicitamente confirmou por escrito à Goldman Sachs a transferência dessas obrigações sénior [que financiaram o BES] para o Novo Banco”.
A entidade liderada por Carlos Costa contesta estas alegações, assegurando que a carta que recebeu do banco “não fazia qualquer referência ao crédito da Oak Finance” e que “a resposta foi também genérica, sem qualquer menção ao referido crédito”. Até porque, sublinha, “àquela data, não era do conhecimento do BdP que a Oak Finance actuava por conta da Goldman Sachs”.
O supervisor aponta ainda o dedo ao banco de investimento, revelando que os contactos com a Oak e o seu accionista Stichting Oak Finance “não permitiram conhecer a identidade do beneficiário das sociedades”. A sua ligação à Goldman Sachs foi “determinada” posteriormente “por outro meios”, levando o BdP a decidir devolver ao BES o crédito dado pela Oak. Para o supervisor também não há dúvidas de que o banco norte-americano foi accionista qualificado do BES, uma vez que nos comunicados enviados à CMVM nunca disse actuar em nome de clientes.
Perda da Goldman Sachs reforça solidez do NB
O regresso ao “banco mau” do crédito que o BES obteve junto da Goldman Sachs, e que foi concedido através da Oak Finance, vai reforçar o nível de solidez do Novo Banco e ditar uma perda no banco de investimento. Esta alteração ao perímetro de activos do banco de transição liberta 548,3 milhões de euros de reservas, o que permitirá aumentar o rácio de capital mais exigente da instituição em cerca de um ponto percentual. Tendo em conta o balanço de abertura do Novo Banco, o rácio de solidez mais exigente passaria assim de 9,2% para mais de 10%. Este reforço de solidez só terá reflexos no banco liderado por Eduardo Stock da Cunha quando forem fechadas as contas relativas a 31 de Dezembro de 2014. Isto porque a transferência do crédito da Oak para o BES só aconteceu depois da decisão do Banco de Portugal adoptada a 22 de Dezembro.