Titoli di Stato area Euro Titoli di stato Portogallo - Tendenze ed operatività

Se a economia portuguesa crescer nos próximos dois trimestres ao ritmo previsto pela Comissão Europeia em Maio, o PIB aumentará 2,5% no conjunto do ano, um valor acima das previsões de Bruxelas e do Governo (1,8%), que foram surpreendidos com um primeiro semestre particularmente dinâmico, com o PIB a crescer 2,8% em termos homólogos – o que é o melhor resultado desde 2000.

Este é o resultado de um aumento homólogo trimestral de 2,8% do produto registado entre Abril e Junho em Portugal, uma variação igual à verificada no primeiro trimestre, avançou o Instituto Nacional de Estatística (INE) na segunda-feira, dia 14 de Agosto. Em cadeia, o PIB cresceu 0,2%. Face a este dados os economistas ouvidos pelo Negócios apontam também para um crescimento anual na casa dos 2,5%.


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"A nossa previsão é de 2,8%, agora com ligeiros riscos descendentes de ficar mais próximo de 2,5%", diz ao Negócios Paula Carvalho, economista-chefe do BPI, que esperava um crescimento um pouco mais forte. Rui Bernardes Serra mantém a previsão: "Para o conjunto do ano de 2017 continuamos a prever um crescimento de 2,5% – na realidade, a nossa previsão anual tinha implícito um crescimento de 0,25% [em cadeia] no 2º trimestre, apenas 0,05 pontos percentuais acima do valor divulgado pelo INE", diz.

Investimento melhor, frente externa pior
Segundo o instituto, no segundo trimestre, o comércio internacional pressionou negativamente o andamento da actividade económica face ao que se tinha passado no primeiro trimestre, mas o investimento compensou. "A procura externa líquida registou um contributo ligeiramente negativo para a variação homóloga do PIB, reflectindo uma mais acentuada desaceleração em volume das Exportações de Bens e Serviços do que das Importações de Bens e Serviços", sendo que "a procura interna manteve um contributo positivo elevado, superior ao do trimestre precedente, em resultado da aceleração do investimento", diz o instituto na nota que acompanha os resultados.

"A breve descrição do INE (...) confirmou as nossas expectativas de crescimento da procura interna suportada pelo consumo e investimento e com as exportações líquidas a terem um contributo negativo para o crescimento do PIB, em correcção face ao forte contributo positivo do trimestre anterior", analisa Bernardes Serra. Paula Carvalho nota que, embora esperasse um crescimento ligeiramente superior, "as principais tendências mantêm-se bastante positivas", destacando o crescimento do investimento e boas perspectivas para as exportações.

Face aos resultados, o Governo congratulou-se e Mário Centeno, ministro das Finanças, considerou que está aberto o caminho para a possibilidade de baixar a carga fiscal aos trabalhadores de salários mais baixos e aumentar pensões em 2018. O PSD, por seu lado, congratulou os portugueses e exortou o Governo a fazer reformas. Já PCP e Bloco de Esquerda vêem nos números a possibilidade de aumentar mais os rendimentos dos portugueses, com os comunistas a defenderem também uma maior aposta na substituição de importações por produção nacional.

(JdN)
 
Portugal obtém 1.000 milhões com juros negativos recorde – ECO

Tal como já era mais ou menos esperado, Portugal registou juros negativos recorde para levantar 1.000 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a três e 11 meses.

Tal como já era mais ou menos esperado, Portugal registou juros negativos recorde para levantar 1.000 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a três e 11 meses. Resultado dos dois leilões realizados esta quarta-feira confirma tendência de financiamento da República com juros abaixo de zero em 2017.

Em ambas as linhas, o IGCP obteve taxas negativas inferiores à do último leilão comparável. Na linha a três meses, o juro médio foi de -0,348% para o mercado absorver 250 milhões de euros — taxa compara com os -0,337% registados na operação de junho. Já na linha a 11 meses, onde Portugal levantou 750 milhões de euros, o juro baixou para -0,291% face aos -0,264% do leilão anterior.

Portugal obtém 1.000 milhões com juros negativos recorde
 
uk.reuters.com
ECB's Draghi will not deliver fresh policy steer at Jackson Hole
Balazs Koranyi
FRANKFURT (Reuters) - European Central Bank President Mario Draghi will not deliver a new policy message at the U.S. Federal Reserve's Jackson Hole conference, two sources familiar with the situation said, tempering expectations for the bank to start charting the course out of stimulus.

An ECB spokesman said that Draghi will focus on the theme of the symposium, fostering a dynamic global economy, in his Aug. 25 remarks, while the sources added that he was keen to hold off on the policy discussion until the autumn, as agreed at the last rate-setting meeting in July.

Expectations for the speech had been building in recent weeks with investors pointing to next Friday's event as the likely kick off in the ECB's debate how to recalibrate monetary policy given solid growth, rapidly falling unemployment but persistently weak underlying inflation.

In 2014, the last time Draghi spoke at Jackson Hole, considered the world's top central banking get-together, he laid the foundations for the ECB's quantitative easing scheme, also fuelling expectations for a major speech this year.

"Expectations that this will be a big monetary policy speech are wrong," one of the sources said.
Another source said while the speech was initially seen as an ideal slot for a major address, Draghi told rate setters at the last policy meeting that he would honour the Governing Council's decision to hold off on the discussion until the autumn.

Draghi may have decided to skip the Jackson Hole opportunity as markets interpreted his speech at a similar conference in Sintra, Portugal very differently than the ECB hoped, sending markets on a rollercoaster and instilling an added sense of caution at the bank.

Draghi then hoped to strike a balanced tone but noted that better growth would provide increased support to the economy, letting the ECB claw back its own stimulus to keep the overall level of accommodation broadly unchanged.
That was seen as a hawkish message, paving the way to reducing and then ending asset purchases.

The ECB's asset buys, aimed at reviving inflation, expire at the end of the year but policymakers from the 19-country currency bloc agreed last month to put off talks on the next steps for now, keeping their timetable intentionally vague and giving themselves a wide window between September and December to decide.

Policymakers speaking to Reuters on condition of anonymity earlier said that October is the likely date for the most substantial decision given the incoming data schedule, particularly on wages.

The ECB's big dilemma is that while the euro zone economy has grown for 17th straight quarters and employment is rising faster than expected, wage growth remains anaemic, keeping a lid on consumer prices.
Economists are now trying to figure out whether wages are showing an unexpectedly delayed response or whether wage setting dynamics may have fundamentally changed in the post-crisis, globalized economy.

Editing by Toby Chopra
 
uk.reuters.com
ECB Hansson: exit from asset buys is tied to economic recovery

TALLINN (Reuters) - The European Central Bank's exit from asset purchases is tied to the recovery of the euro zone economy but low rates and the bank's oversized balance sheet will provide support for years to come, ECB policymaker Ardo Hansson told an Estonian newspaper.

"As the exit from the asset buying programme is in line with the recovery of economic activity, everything is calm," Hansson, who sits on the ECB's rate-setting Governing Council said.

"After the completion of the purchase of bonds, the reinvestment of bonds already bought will continue for some time; that is, when the earlier purchased bonds expire, new ones will be bought instead," Hansson was quoted as saying in Estonian daily Aripaev on Wednesday.

Hansson said that given the ECB's asset buys for more than two years, the main support to the economy comes not from monthly bond purchases but the bank's already large balance sheet.

The ECB has bought more than 2 trillion euros worth of bonds, mostly government debt, in the past two and a half year, hoping to cut borrowing costs to revive investment, growth and ultimately inflation.
The European Central Bank rate-setting Governing Council will next meet on September 7 and policymakers have pledged to decide this "autumn" whether to claw back stimulus at the start of next year.
 
European Central Bank officials said they’re worried that the euro might strengthen more than justified by the currency bloc’s economic upturn.

While it was remarked that the appreciation of the euro to date could be seen in part as reflecting changes in relative fundamentals in the euro area vis-a-vis the rest of the world, concerns were expressed about the risk of the exchange-rate overshooting in the future,” an account of the July 19-20 policy meeting published by the ECB showed on Thursday.

The single currency fell more than a quarter of a cent after the report, before rebounding to trade at $1.1701 at 2:03 p.m. Frankfurt time. That’s still down 0.6 percent on the day. It has gained 11 percent against the dollar this year and 17 percent on a trade-weighted basis as an economic recovery spreads through the 19-nation region.

ECB Officials Expressed Concern Over Risk of Euro Overshoot
 
jornaldenegocios.pt
Portugal entre os que mais aumentaram exportações e importações na Zona Euro - Conjuntura
O ritmo de crescimento das vendas de Portugal ao estrangeiro no primeiro semestre do ano foi o sexto mais elevado entre os países membros da Zona Euro e o das importações o quarto mais alto.

Entre Janeiro e Junho, segundo os números do Eurostat conhecidos esta quinta-feira, 17 de Agosto, as exportações totais portuguesas cresceram 12% em relação ao verificado no mesmo período de 2016, para 27,8 mil milhões de euros, ritmo superado pela Finlândia, Eslovénia, Holanda, Lituânia e Grécia, onde se registou a maior variação, de 18%.

as compras ao estrangeiro subiram 14% para 34,1 mil milhões de euros, atrás dos crescimentos da Eslovénia, Lituânia e Grécia. Atenas registou também aqui a maior subida, de 19%.


No espaço de um ano, a balança comercial portuguesa aprofundou entretanto o seu perfil negativo, passando de -5 mil milhões de euros para um défice de 6,3 mil milhões,
um agravamento para que contribuiu tanto o comércio dentro da União Europeia como com os países fora dela.

É o quarto maior défice comercial no espaço dos 19, só superado pelos 42,2 mil milhões de euros de França, dos 12,1 mil milhões de Espanha e dos 11,6 mil milhões da Grécia, países em que a posição negativa cresceu em relação ao ano passado. Na União Europeia, o maior défice foi o do Reino Unido, que ainda assim o reduziu em quase 18% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

O maior excedente volta a caber à Alemanha (de 124,4 mil milhões de euros no primeiro semestre), seguido dos 34,8 mil milhões da Holanda e dos 25,1 mil milhões da Irlanda. Estes dois últimos países aumentaram o saldo positivo entre exportações e importações ao passo que o excedente alemão diminuiu em relação ao mesmo período de 2016.

A primeira estimativa para o comércio internacional comunitário aponta para um excedente comercial de 26,6 mil milhões de euros no conjunto da Zona Euro só no mês de Junho em relação ao resto do mundo. As importações subiram 6,2% para 160,7 mil milhões de euros e as exportações aumentaram 3,9 % para 187,2 mil milhões de euros.

Já a União Europeia vendeu ao exterior em Junho 158 mil milhões de euros em bens, mais 4% que no mesmo mês do ano passado, enquanto as importações se cifraram em 150,9 mil milhões, um aumento de 3,9%, resultando num excedente de 7,1 mil milhões de euros, mais 400 milhões de euros que um ano antes.


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jornaldenegocios.pt
Portugal, uma cobaia europeia na banca - Rui Peres Jorge
Que não se deve desperdiçar uma boa crise para implementar políticas impopulares ou experimentais é uma máxima antiga entre políticos. No caso europeu a teoria passa mais rapidamente à prática se a cobaia for um pequeno Estado-membro, como Portugal. É por isso que nos anos da troika o país foi confrontado com várias engenharias para promover um corte de salários dentro de uma união monetária; e é também por isso que, desde então, o laboratório luso testou as novas regras de resolução e recapitalização bancária. Da experiência ficam algumas lições.

Comecemos pelo BES. Em 2014, Portugal estreou o "bail-in" num grande banco (isto mesmo antes das regras europeias o imporem), e forçou perdas a accionistas e detentores de obrigações júnior e aos outros bancos do sistema via Fundo de Resolução – que recebeu dinheiro adiantado via empréstimos dos contribuintes. A resolução teve depois uma segunda fase, no final de 2015, em que o Banco de Portugal seleccionou 5 linhas de obrigações seniores, uma das decisões mais polémicas da crise, que deixou Portugal numa situação ímpar no plano europeu, que ainda hoje está a pagar.

Um recente estudo permite tirar conclusões sobre o "bail-in" light do BES (primeira fase): por um lado, conclui que é possível impor perdas a credores e aspirar a disciplinar o mercado sem gerar pânico e contágio; por outro, sugere que podem ser inevitáveis efeitos negativos no emprego e investimento das PME, o que não tende a acontecer com "bail-outs". Ou seja, há efeitos positivos (para o mercado) e negativos (para a economia) nos "bail-ins", mesmo quando feitos na sua forma mais suave.

Saltemos agora para Dezembro de 2015 e para o Banif. A resolução culminou com a entrega ao Santander do negócio do banco madeirense repleto de garantias, capital injectado pelos contribuintes e vazio de activos problemáticos. O negócio, convém lembrar, foi feito à pressa, com o Estado entalado entre um gigante da banca espanhola sem pressão para comprar, e a pressão das novas regras europeias que entrariam em vigor em Janeiro de 2016 e forçariam perdas também a obrigacionistas seniores e até a depositantes acima de 100 mil euros. A resolução custou assim quase três mil milhões aos contribuintes – é caso para dizer que a cobaia pagou caro para fugir do laboratório.

Sobre esta operação não há nenhum estudo detalhado, mas aqui a lição é outra: algumas coisas nunca mudam ou, parafraseando Jean-Claude Juncker sobre outra grande economia, "Itália é Itália". É que em Junho deste ano, já com as regras europeias em vigor, o governo italiano avançou com uma operação em tudo semelhante à do Banif mas, com o acordo europeu e meses de negociações, poupou os obrigacionistas seniores e os depositantes. E se os contribuintes também não foram poupados, pelo menos o Tesouro italiano não foi forçado a vender um banco em 15 dias, como aconteceu em Portugal.

Finalmente, vale a pena dar nota da recapitalização da CGD negociada em 2016, um dossiê no qual o empenho do governo para garantir a natureza pública da injecção de capital – condição essencial para PCP e Bloco aceitarem – terminou com uma operação em geral bem-sucedida e apoiada pela Comissão Europeia, o que muitos achavam improvável. É certo que para isso os contribuintes foram chamados a pagar uma factura elevada, que inclui uma emissão de dívida pelo banco público com um juro acima de 10% (um preço que se justifica em parte pela decisão de queimar obrigacionistas no final de 2015).

Com estes desenvolvimentos, Portugal poderá terminar 2017 com a recapitalização da sua banca resolvida (isto se benevolentemente esquecermos as dívidas ao Fundo de Resolução e o nível recorde de crédito malparado) e pelo menos quatro lições sobre as regras europeias de ajudas de Estado e resolução e recuperação bancárias.

O laboratório português revela que os "bail-ins" também têm um lado negro, nomeadamente sobre as PME; mostra que a linha vermelha das perdas para os credores parece está a ser traçada a nível europeu nos obrigacionistas seniores; lembra que os abusos dos bancos continuam, pelo menos parcialmente, a vir bater à porta dos contribuintes; e, finalmente, atesta que vale a pena explorar e desafiar os limites das regras europeias, que são mais flexíveis do que por vezes nos dizem. Haja engenho e vontade política.
 

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