Titoli di Stato area Euro Titoli di stato Portogallo - Tendenze ed operatività

Era questa la risposta che cercavo e devo dire che sei stato molto esaustivo circostanziando adeguatamente il quesito posto.
Grazie ancora e complimenti per la competenza dimostrata.
 
Un ringraziamento doveroso a Vespasianus per l'impegno e la costanza nel tenere aggiornato il thread.
Colgo l'occasione per augurare Buon Natale, Buone Feste ed un felice e prosperoso Nuovo Anno a tutti i frequentatori.
 
O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.11 do Boletim Estatístico e no BPstat, as estatísticas sobre empréstimos concedidos pelo setor financeiro residente às sociedades não financeiras e às famílias, relativas a novembro de 2016.

Empréstimos concedidos às sociedades não financeiras


Em novembro de 2016, a taxa de variação anual (tva) dos empréstimos concedidos às sociedades não financeiras (SNF) situou-se em -2,6%, depois de ter atingido -2,4% no mês anterior (Gráfico 1). Os empréstimos às empresas privadas exportadoras apresentaram uma tva de -0,5%, refletindo uma melhoria de 0,1 pontos percentuais (p.p.) em relação a outubro.


O rácio de crédito vencido das SNF diminuiu 0,1 p.p., para 16,6%. A percentagem de devedores com crédito vencido também se reduziu, 0,6 p.p., fixando-se em 28,3%.
Nas empresas privadas exportadoras, o rácio de crédito vencido manteve-se em 7,4%; e a percentagem de devedores com crédito vencido diminuiu 0,4 p.p. relativamente a outubro, para 10,4%.


Empréstimos concedidos às famílias


Em novembro, a tva dos empréstimos concedidos às famílias foi de -1,5%, o que representa um aumento de 0,1 p.p. face a outubro (Gráfico 2).

Por finalidades, a tva dos empréstimos para habitação foi de -2,6% (variação de 0.1 p.p.), enquanto para o consumo e outros fins foi de 3,4% (variação de -0.1 p.p.).


O rácio de crédito vencido diminuiu 0,2 p.p., para 5,1%, influenciado pela redução de 0,8 p.p. na finalidade de consumo e outros fins. A percentagem de devedores do setor das famílias com crédito ven- cido diminuiu 0,4 p.p. em relação a outubro, fi- xando-se em 13,7%. A melhoria observada nestes indicadores justifica-se, essencialmente, por ven- das de crédito vencido.



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O Reino Unido e as gestoras de ativos foram os grandes compradores de dívida pública sindicada (Obrigações do Tesouro) durante 2016, indicam dados do Ministério das Finanças recolhidos pelo Dinheiro Vivo. As instituições parqueadas na Grã-Bretanha foram responsáveis por 24% do dinheiro emprestado à República Portuguesa. Visto de outra perspetiva, as gestoras de ativos respondem por 43% do total. A amostra resulta de um levantamento aos prospetos dos leilões sindicados, que são as operações de colocação de dívida de longo prazo em que o Tesouro pré combina com um grupo de investidores de modo a maximizar os valores que consegue ir buscar aos mercados.

O IGCP explica que a modalidade do sindicato bancário “tem sido utilizada na emissão inicial das novas séries, já que permite assegurar o duplo objetivo de colocação de um maior volume de títulos de uma só vez, ao preço de mercado e uma elevada diversificação da base de investidores, quer a nível geográfico, quer por tipo de investidor”. Portugal fez três grandes operações deste tipo, este ano, tendo ido buscar 5,5 mil milhões de euros por essa via.

Embora os bancos portugueses sejam, tradicionalmente os maiores compradores de dívida pública nacional, em janeiro, quando ocorreu o primeiro leilão sindicado (colocação de 4 mil milhões de euros em obrigações a dez anos), foram os ingleses que apareceram com mais força. As outras duas operações do género aconteceram em abril (mil milhões de euros a 7 anos e 500 milhões de euros a 30 anos).

Em 2016, os investidores do Reino Unido emprestaram por essa via 1,3 mil milhões de euros a Portugal. Relativamente à operação de janeiro, o IGCP destaca que ela teve “grande procura”, tendo registado “ordens de compra no valor de 12 mil milhões de euros” e “uma forte presença de investidores”, cerca de 300 diferentes. A taxa de juro contratada até à maturidade (a OT tem de ser paga em 2026) foi 2,973%, um valor bastante favorável, tendo em conta que atualmente, no mercado secundário, Portugal enfrenta juros de quase 3,8%.

Logo a seguir ao Reino Unido, surge o grupo composto por França, Itália e Espanha, onde o IGCP (a agência que gera a dívida portuguesa, tutela das Finanças de Mário Centeno) conseguiu captar mais 1,1 mil milhões de euros através dos três sindicatos bancários ao longo de 2016. Em terceiro lugar surgem Alemanha, Áustria, Suíça, países cujas instituições financeiras emprestaram 867 milhões de euros aos contribuintes portugueses. Os bancos e fundos sediados em Portugal só surgem em quarto lugar em termos de importância, tendo emprestado 15% do total, cerca de 840 milhões de euros por essa via.

Claro que durante o ano, o Tesouro vai mais vezes ao mercado através dos leilões ditos normais, e aqui a banca portuguesa costuma ter uma forte participação. Nessas operações Portugal conseguiu ir buscar mais 9 mil milhões de euros, mas quem compra e quanto não é revelado.


Os bancos nacionais e internacionais juntamente com as grandes gestoras de ativos são, sem sombra de dúvida, os maiores credores da República, tendo emprestado mais de 77% do dinheiro pedido por sindicato em 2016. Mais de 4,1 mil milhões de euros, portanto. As seguradoras e os fundos de pensões entraram com 13% do total. Os fundos especulativos ou de alto risco (hedge funds) ficaram com 263 milhões de euros em obrigações nacionais.
Os bancos centrais (que não o BCE, que está proibido por lei de o fazer), emprestaram diretamente a Portugal 177 milhões de euros, decorre dos dados do IGCP analisados.


Ao todo, o Estado deve aos mercados e aos credores oficiais (troika) 235 mil milhões de euros, dos quais mais de 68 mil milhões (29% desse total) são dívidas à Europa e ao FMI. Ao FMI, a República já começou a pagar antecipadamente, tendo saldado cerca de 4 mil milhões de euros até à data. Isso ajuda a baixar os juros. Atualmente, a taxa de juro média de toda a dívida portuguesa estará ligeiramente acima de 3%. A taxa média das emissões de dívida de 2016 é mais favorável: 2,5%, segundo o IGCP.

(DV)
 
Depois de em Outubro ter garantido que a meta de 2,4% para o défice de 2016 seria atingida sem recurso a qualquer receita do Peres, agora, depois de assegurar uma receita adicional de pelo menos 511 milhões de euros com o plano de regularização fiscal, o Governo ainda não se compromete com uma estimativa melhor para o saldo orçamental. Ainda assim, aponta para um efeito líquido extraordinário da medida na ordem dos 300 milhões de euros, o que a confirmar-se poderia colocar o défice em torno dos 2,2% do PIB.

Desde o momento em que foi apresentado em Outubro, que o plano de regularização das dividas fiscais e da Segurança Social gera dúvidas em relação ao papel que pode desempenhar no cumprimento das metas orçamentais assumidas pelo Governo junto de Bruxelas.

Quando apresentaram o OE para 2017 e entregaram à Comissão Europeia o relatório das acções efectivas cumpridas em 2016 em que prometiam um défice de 2,4% durante este ano, os responsáveis do Executivo fizeram questão de frisar em diversas ocasiões que o Peres nada tinha a ver com isso.

Governo não se compromete com novo valor para o défice por causa do Peres
 
O ano está mesmo a chegar ao fim e ainda não é possível ao Governo anunciar o défice das administrações públicas de 2016 que conta na avaliação da Comissão Europeia. Porquê? O principal factor de incerteza reside nas receitas dos impostos sobre o consumo de Janeiro e Fevereiro do próximo ano que – na óptica de contabilidade nacional, que é a que interessa a Bruxelas – ainda entram nas contas do ano anterior (por se assumir que resultam da actividade económica registada no final do ano anterior).

Ao contrário do que acontece com a tributação sobre os rendimentos, os impostos sobre o consumo têm uma receita mais errática, na medida em que esta depende do comportamento do consumo que, por natureza, é mais instável. Em causa está, desde logo, o IVA pelo seu peso no conjunto da receita. Esta é uma das variáveis que mais atenção concentra da parte dos responsáveis das Finanças que, no entanto, terão ficado mais tranquilizados com os sinais dados pelas compras de Natal, designadamente os levantamentos e pagamentos de multibanco.

Mas não é apenas o IVA que traz incerteza. Também os Impostos Especiais sobre Consumo (os que incidem sobre o tabaco e bebidas alcoólicas, que têm um contributo cada vez maior para a receita) podem ter influência no apuramento do défice final que o país apresentará a Bruxelas.

Do lado da despesa, também há factores de incerteza. O principal é, sem dúvida, a despesa registada pelas empresas públicas. Não seria a primeira vez que os governantes do Terreiro do Paço eram surpreendidos com a recta final da execução da despesa em entidades que entram no perímetro orçamental do Estado.

A estes factores junta-se ainda um terceiro, de menor importância, que se prende com questões contabilísticas e metodológicas que, pela sua complexidade, impedem que haja uma certeza absoluta sobre a forma, e o valor, como se registam algumas receitas e despesas.

Défice entre os 2,3% e 2,5%
Tendo em conta estas incertezas, o que se pode, neste momento, dizer com relativa segurança é que o défice das administrações públicas, em contabilidade nacional, se situará entre 2,3% e 2,5%.
Este valor, tal como o Negócios noticiou, já inclui o efeito do perdão fiscal (PERES) que gerou uma receita de 550 milhões de euros. Para efeitos do défice, o valor que se deve considerar é de 450 euros (cerca de 0,25% do PIB) porque o perdão implicou, segundo as contas das Finanças, uma perda de 100 milhões de euros na receita da cobrança coerciva de impostos.

Assim, excluindo a receita do perdão fiscal, o défice ficaria entre 2,55% e 2,75%.
Significa então que o Governo não conseguiria cumprir os compromissos com Bruxelas sem esta receita extraordinária? Não. Desde o final de Novembro que o Governo começou a perceber que a receita do PERES seria mais generosa do que a inicialmente estimada, adoptando então uma gestão orçamental mais folgada, com a libertação de algumas verbas que estavam trancadas por uma questão de cautela. No fundo, esta receita acabou por dar mais "conforto" (uma expressão usada pelo próprio primeiro-ministro) à equipa das Finanças, que acabou por dispensar o recurso aos habituais expedientes de última hora a que os ministros lançam mão.

Indirectamente, esta folga e a realização de algumas despesas que de outro modo ficariam cativas, acabam por ter um ligeiro efeito positivo no exercício orçamental de 2016.

Outra medida que gerou uma receita extraordinária e irrepetível foi o programa de reavaliação de activos, que gerou uma receita de 104 milhões de euros. Porém, esta medida estava inscrita no Orçamento do Estado para 2016 e a receita registada acabou por ficar até abaixo do valor inicialmente estimado, de 125 milhões.

(JdN)
 
sono stato accolto con grande ospitalità da Vespasianus e nonostante la mia scarsa preparazione finanziaria e le domande a volte "terra terra" è stato sempre cordiale e premuroso nei commenti. La sua opera è notevole e degna solo di apprezzamento, soprattutto perchè, difficile al giorno d'oggi, prestata gratuitamente. I miei ringraziamenti personali a lui ed a quanti hanno condiviso questo anno di passione per i tds portoghesi nella speranza di traguardi sempre migliori. Buon anno nuovo.

p.s. ho richiesto all'amministrazione la possibilità di inserire il traduttore nelle opzioni del forum giusto per facilitare la lettura a chi è abituato ad una vita "comoda" :D
 

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