Titoli di Stato area Euro Titoli di stato Portogallo - Tendenze ed operatività

Reuters

Italian and Portuguese government bond yields were on track on Friday to end 2016 with their first yearly rise since the 2011 euro zone debt crisis.

The rise in borrowing costs in the two peripheral countries, regarded as among the weakest links in the single currency bloc comes against a backdrop of concern about weakness in the banking sector and economy as well as political instability.


"What we seen is that most clients and investors have been worried about the banking situation. There were noises at the start of the year about the Italian NPLs (non-performing loans)situation, and it is still very much in the spotlight," said BBVA strategist Jaime Costero Denche.
He said the threat of ratings downgrades from DBRS for both countries adds to the concerns, as does the political situation in Italy in particular.

Former Prime Minister Matteo Renzi was forced to step down this month after voters rejected proposed constitutional changes in a referendum. The possible rise of anti-establishment party 5-Star Movement is also a concern for the future, said Costero Denche.


Italy's 10-year government bond yield has risen about 21 basis points this year to around 1.81 percent, while Portuguese equivalents have soared about 123 bps to around 3.75 percent. According to Tradeweb data, that marks the first annual rise in borrowing costs since 2011.


ECB QE CHANGES LOOM


Long-dated euro zone government bonds sold off on Friday, the last day before changes to the European Central Bank's bond-buying scheme kick in and the final trading day of 2016.

The ECB announced changes earlier this month to the parameters of the quantitative easing programme, or PSPP, that suggested the focus of purchases would shift to the short end.


The changes include removing the deposit rate floor for purchases and making the minimum maturity for eligible bonds one year instead of two. Euro zone government bond curves are expected to steepen as a result, and the market moved on those expectations on Friday.

"It will take a few weeks to see how the ECB and the national central banks adjust their purchases, but the way inflation prospects evolve as well as the PSPP will be a driver," said DZ Bank strategist Christian Lenk.
"The market is definitely prone for ongoing steepening, even if it is sometimes overdone."


The yield on Germany's 30-year government bond rose 5 basis points to 0.92 percent by 1150 GMT, while the 30-year yields of highly rated countries including the Netherlands, Austria and France were up 4-5 bps.

Most euro zone bond yields rose as world stocks inched higher and oil prices headed for their biggest yearly percentage gain since 2009.

Germany's 10-year yield, the region's benchmark, was up 2 bps to 0.20 percent, and most other euro zone government benchmark bonds were up 2-3 bps.
 
Articolo che sintetizza la situazione finanziaria portoghese e le prospettive per il 2017 e seguenti. Riporto le conclusioni. Al collegamento il resto dell'articolo.

Em 2016, Portugal poderá ter um défice nominal abaixo dos 3% do PIB, estimando o governo um valor em torno dos 2,5%, o que representa um excedente primário de 2% e um défice estrutural (sem o efeito do ciclo económico e de medidas pontuais) de 2%. Afigura-se que, estando o défice abaixo do limiar dos 3%, os problemas orçamentais de Portugal reduziram-se, ou no limite, estarão resolvidos. Puro engano.


Até 2020, Portugal terá de reduzir o seu défice estrutural em 0,6 pontos percentuais por ano, até atingir um défice de 0,25% e cumprir com as suas obrigações europeias. Isso implica medidas de ajustamento na receita e/ou despesa de 1200 milhões de euros/ano, num total de 4-5 mil milhões de euros durante os próximos quatro anos.



Atingir esse défice estrutural de 0,25% implica ter um défice nominal de 1%, o que significa um excedente primário de 3,5%. Adicionalmente, se a economia não crescer, manter défices em torno dos 3% implica que o stock da dívida pública não se reduzirá face ao valor de 130% do PIB em 2016. Portugal necessita de reduzir a sua dívida pública em 3,5 pontos percentuais do PIB. Sem crescimento económico, só o conseguirá fazer se atingir o défice estrutural de 0,25%, dado o elevado excedente primário que isso representa.


Mas o esforço de redução de despesa é essencial para trazer a dívida para níveis que permitam baixar as necessidades de financiamento anuais. É essencial, para dar confiança aos mercados para continuarem a financiar o Estado Português ao ritmo de 15-20 mil milhões de euros/ano, com taxas de juro baixas.


Além disso, Portugal precisa de alinhar a sua despesa primária com os países do sul e leste da Europa para poder ser competitivo na atração de investimento estrangeiro, o que implica passar dos 40% para 35% do PIB. E isto num contexto de envelhecimento populacional que coloca cada vez maior pressão nos gastos com pensões e saúde.


Portugal precisa de acelerar o seu ritmo de diminuição de dívida pública para não ser apanhado outra vez em situação frágil quando a economia voltar a entrar em recessão. E é inevitável que o ciclo económico volte a trazer más noticias no futuro. E nesse momento futuro é provável que já não possamos contar com políticas de acomodação por parte do BCE da mesma magnitude das que existem hoje.


Os desafios e as restrições financeiras e orçamentais de Portugal
 
Rendimenti decennali nell'anno appena concluso.


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Dalle note di Marques Mendes per il 2017.

Vamos ter crise política provocada por PCP e BE?

  • Não vamos ter qualquer crise política em 2017. De resto, o mais provável é o Governo cumprir o mandato de 4 anos.
  • Claro que PCP e BE vão subir as suas críticas e as suas divergências em relação ao Governo (exemplos – leis laborais e aumento dos dias de férias). Mas sem consequências. Eles sabem que se provocassem uma crise davam uma maioria absoluta a António Costa.
  • Ou seja, o grande trunfo de António Costa é a sua popularidade muito alta. Isto dá-lhe um grande espaço de manobra. Condiciona os seus parceiros de coligação. A vai lançá-lo para o objectivo de ter em 2019 uma maioria absoluta.
...

A economia vai crescer mais do que em 2016?
  • Vai crescer um pouco mais, fruto da conjuntura externa ligeiramente manos adversa e da aplicação dos fundos estruturais.
  • Mas continuará a ser um crescimento anémico (1,4% ou 1,5%).
  • É certo que António Costa em 2017 vai virar-se a sério para a economia; para as empresas; para a diplomacia económica (vai agora fazer uma viagem de 10 dias à Índia, aos Emiratos e à Arábia Saudita, à procura de investimento).
  • Mas os resultados não serão nem fáceis nem imediatos. Falta confiança e faltam reformas. A habilidade política não chega para atrair investimento.
  • Os grandes problemas do Governo vão ser: a dívida, que não pára de crescer; o BCE que vai começar a fechar a torneira; e o excesso de consumo, que vai criar desequilíbrios externos.
...

A extrema-direita vai crescer nas eleições de França e Alemanha?

  • Em França, o mais provável é que Marine Le Pen passe à 2ª volta das presidenciais mas perca na 2ª volta.
  • Na Alemanha, apesar do desgaste, Merkel deverá voltar a ganhar. Mas a extrema-direita (o partido Alternativa para a Alemanha), pela primeira vez, poderá eleger Deputados para o Parlamento alemão.
  • O caso mais sério é na Holanda. O partido de extrema-direita está à frente nas sondagens e pode ganhar as eleições legislativas.
  • E ainda podemos ter eleições em Itália. Com o risco de um antigo palhaço (Beppe Grilo) poder ganhar eleições.
  • Em conclusão: hoje em dia, cada eleição na Europa é um susto, uma angústia e um pavor. O susto da extrema-direita e o medo do populismo. É o estado a que chegou a Europa.

Notas da semana de Marques Mendes
 
A dívida pública portuguesa caiu 1.300 milhões de euros entre Outubro e Novembro, ficando em 241,8 mil milhões de euros. A evolução foi avançada esta segunda-feira, 2 de Janeiro, pelo Banco de Portugal.

De acordo com os dados divulgados, a queda deveu-se a uma diminuição dos empréstimos em 1.900 milhões de euros, reflectindo a devolução ao Fundo Monetário Internacional (FMI) de uma tranche de 2.100 milhões de euros associada ao programa de assistência económica e financeira.

Também as emissões líquidas positivas de títulos de dívida (no valor de 500 milhões de euros, com destaque para a emissão de 1.500 milhões em Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável, OTRV) contribuíram para a redução global.

O comunicado do regulador do sector financeiro acrescenta ainda que os activos de depósitos se reduziram no mesmo mês, mas de forma menos acentuada - 600 milhões de euros - e que, líquida de depósitos, a dívida da administração central caiu 700 milhões de euros para os 223,7 mil milhões.

Apesar do recuo neste mês, os números do terceiro trimestre, conhecidos em 21 de Novembro, davam conta de que a dívida pública portuguesa tinha mantido a tendência de agravamento, atingindo 133,08% do PIB, o valor mais elevado pelo menos desde 2007. Excluindo os depósitos do Estado, a dívida líquida era mais baixa, tendo atingido os 121,5% até Setembro.

O Orçamento do Estado (OE) para 2017 prevê que a dívida alcance no final deste exercício os 129,7% do PIB, uma revisão em alta das estimativas de 127,7% do PIB inscritas no OE do ano passado.

(JdN)
 
O Estado português enfrenta este ano mais um pico exigente de reembolsos de dívida pública, com o pagamento aos credores a ficar próximo de 21 mil milhões de euros. O ambiente de grande volatilidade financeira que tem pressionado os países mais vulneráveis da zona euro não desapareceu e uma eventual subida das taxas de juro nos mercados pode ter implicações significativas nas contas públicas.

O bolo dos juros representa uma parte significativa dos reembolsos – mais de 7540 milhões de euros. Ciente do grau de incerteza que envolve as previsões, o Governo chegou a incluir no relatório do Orçamento de 2017 uma “análise de sensibilidade” ao custo dos juros da dívida caso as taxas subam um ponto percentual em relação ao projectado. Um cenário que levaria a um aumento dos encargos com os juros em 584 milhões de euros na contabilidade nacional.


Em Novembro, a dívida pública era de 241,8 mil milhões de euros, menos 1300 milhões de euros do que no final de Outubro. No terceiro trimestre, equivalia a 133,2% do PIB, mas a previsão do Governo para o conjunto do ano de 2016 é mais baixa, de 129,7%, esperando para 2017 uma descida para 128,3%.


Se nos próximos três anos o montante da dívida pública a amortizar até se alivia em relação ao esforço deste ano, a pressão volta a fazer-se sentir em 2021, ano em que há um pico de reembolsos tão exigente como o de agora.
O calendário das amortizações está repleto de altos e baixos ao longo das próximas décadas, como se pode ver nos anos mais próximos: depois dos 20.810 milhões de euros para pagar este ano, o valor será bastante mais baixo em 2018 (de 8040 milhões), mas em 2019 e 2020 volta a crescer (passando para 14.690 milhões e 15.390 milhões) e em 2021 há para pagar de novo mais de 21 mil milhões.


Em 2017, nenhuma fatia do bolo de 20.810 milhões de euros diz respeito ao pagamento do empréstimo concedido a Portugal no tempo da troika. Mais de dois terços (14.470 milhões) são dívida emitida em Bilhetes do Tesouro e os restantes 6340 milhões dívida de médio e longo prazo.

Se inicialmente Portugal só teria de pagar ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2018/2019, neste momento já tem programado continuar a fazer pagamentos antecipados à instituição, como aconteceu em Novembro, com o reembolso de duas tranches que só teriam de ser saldadas entre Setembro de 2018 e Fevereiro de 2019. Com esta estratégia, que começou ainda com o Governo anterior, a equipa de Mário Centeno no Ministério das Finanças consegue distribuir os pagamentos e evitar a concentração de reembolsos em determinados anos: por exemplo, em vez de 4700 milhões inicialmente previstos para 2019, prevê-se agora que nesse ano só sejam pagos 1500 milhões.


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No calendário de amortizações de dívida, o IGCP faz projecções tendo já em conta que em 2013 os parceiros europeus aceitaram estender as maturidades dos empréstimos do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) à Irlanda e a Portugal em sete anos, o que permitirá a Portugal não ter de refinanciar qualquer empréstimo conseguido através do MEEF antes de 2026.

Além da extensão dos prazos feita a nível europeu à boleia da renegociação à Irlanda, várias operações de troca e recompra de dívida foram sendo feitas desde 2012. A mais recente aconteceu em Julho. Para aliviar alguns pagamentos conseguindo um rendimento aproximadamente neutro, o IGCP avançou com uma operação que lhe permitiu trocar dívida que venceria em 2017, 2018 e 2019 por títulos com prazos de vencimento mais alargados (de 2025 e 2037). Outras operações de mercado foram sendo lançadas depois de Portugal regressar aos mercados, como aconteceu com a recompra de dívida feita em 2014 e de novo este ano com o objectivo de utilizar capital disponível para reduzir o custo dos juros.

(PUB)
 

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