Il CEO Stock da Cunha non attende il nuovo azionista per ristrutturare la banca:
Stock da Cunha procura vender 19 empresas avaliadas em 400 milhões
NUNO MIGUEL SILVA
Ontem 00:05
Administração de Eduardo Stock da Cunha acelera alienação de activos imobiliários.
O Grupo Novo Banco (GNB), resultante do BES - Banco Espírito Santo, colocou à venda cerca de duas dezenas de activos (empresas e participações societárias), avaliados contabilisticamente em cerca de 400 milhões de euros.
De acordo com documentos divulgados na passada semana pela instituição presidida por Eduardo Stock da Cunha, inicialmente, este património considerado não estratégico tinha um activo global avaliado em 922,3 milhões de euros, mas após a auditoria efectuada pela consultora PriceWaterhouseCoopers foram detectadas imparidades no montante de 310 milhões de euros, de acordo com o referido documento do Novo Banco.
Desta forma, o activo baixou o seu valor intrínseco em termos contabilísticos para 612,2 milhões de euros. A esta cifra há que abater ainda a quantia de 215,2 milhões de euros referente ao passivo avaliado para o conjunto das empresas e participações que o Novo Banco colocou à venda, pelo que o real valor contabilístico destes activos se cifra em cerca de 397 milhões de euros.
No entanto , este plano de alienações poderá ainda estar condicionado pelo processo de venda do próprio Novo Banco, que arrancou na passada quarta-feira.
"O grupo tem implementado um plano com vista à venda imediata dos activos não correntes detidos para venda. No entanto, face às actuais condições de mercado não tem sido possível, em algumas situações, concretizar as alienações no prazo esperado", assume o documento da instituição financeira liderada por Eduardo Stock da Cunha.
O mesmo documento acrescenta que "o grupo continua as desenvolver todos os esforços com vista à concretização do programa de alienações estabelecido". No balanço inicial do Novo Banco refere-se mesmo a existência de um ‘site' especialmente vocacionado para a venda de imóveis incluídos nestas listas de activos a vender, assim como o desenvolvimento e participação em eventos do ramo imobiliário, quer no País, quer no estrangeiro.
A celebração de protocolos com os diversos agentes de intermediação imobiliária; a promoção da realização regular de leilões; e realização de campanhas junto dos centros de maior emigração são outras medidas anunciadas pelo Novo Banco para acelerar o processo de venda destes activos considerados não estratégicos.
No documento em apreço, a administração liderada por Eduardo Stock da Cunha ressalva que, "o grupo, apesar de manter intenção de venda destes imóveis, solicita regularmente ao Banco de Portugal, ao abrigo do artigo 114º do RGICSF, a prorrogação do prazo de detenção dos imóveis adquiridos em reembolso de crédito próprio".
Entre a lista de activos de que o Novo Banco se pretende desfazer, ganham relevância as empresas da área imobiliário-turística. O activo que apresenta um valor mais elevado de balanço é a participação de 97,89% no capital social da Greenwoods Ecoresorts Empreendimentos Imobiliários, SA, avaliada em cerca de 226,8 milhões de euros e com um passivo inscrito de apenas 289 mil euros.
O segundo activo aparentemente mais valioso constante nesta lista diz respeito à participação de 57% na empresa Sealion Holdings Limited, com um activo fixado em cerca de 213,8 milhões de euros, mas com um passivo de 154,3 milhões de euros.
A participação a 100% em empresas como Autodril (sociedade gestora do Autódromo do Estoril), Portucale (célebre pelo caso do abate de sobreiros), EMSA(gestora de parques de estacionamento) e Tertir (gestora de terminais portuários) são alguns dos exemplos que integram a lista de activos que o Novo Banco colocou à venda.