Ibovespa fecha na mínima em quase 6 semanas com receios sobre eleição
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, na mínima em quase seis semanas,
com agentes financeiros aflitos sobre o cenário eleitoral, conforme o desempenho do candidato preferido pelo mercado, o tucano Geraldo Alckmin, segue decepcionando nas pesquisas sobre a preferência dos eleitores.
O principal índice de ações da B3 encerrou em baixa de 1,5 por cento, a 75.180,40 pontos, menor patamar desde 11 de julho, quando fechou a 74.398,55 pontos. O volume financeiro somou 10,8 bilhões de reais.
Na visão do analista Régis Chinchila, da corretora Terra Investimentos,
o fato de o panorama eleitoral não trazer nada de novo, principalmente Alckmin não reagir nas pesquisas, está estressando investidores, ao mesmo tempo em que nomes menos benquistos no mercado parecem estar ganhando espaço.
“A migração de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, gera grande apreensão no mercado”, afirmou. “A bolsa está refletindo a cautela desses investidores.”
Na visão de profissionais do mercado, Geraldo Alckmin é visto como capaz de implementar as reformas econômicas necessárias ao país logo no começo do governo, a fim de evitar cenários mais catastróficos para o Brasil, em um ambiente internacional mais desafiador.
Na pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira,
no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato do PSL à Presidência da República, deputado Jair Bolsonaro, lidera com 20 por cento.
Na sequência, vêm Marina Silva (Rede), que registrou 12 por cento, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 9 por cento, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 7 por cento, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), com 4 por cento e o senador Alvaro Dias (Podemos), com 3 por cento.
(...)
- PETROBRAS PN encerrou em queda de 3,49 por cento, apesar da alta dos preços do petróleo no exterior. A ação também foi minada pelos receios com o cenário eleitoral, além de notícia de que o leilão do excedente de petróleo do pré-sal na área conhecida como cessão onerosa pode ficar para 2020, caso não seja possível a superação de alguns entraves para a realização do certame ainda em 2018, segundo o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME).
Ibovespa fecha na mínima em quase 6 semanas com receios sobre eleição