Vespasianus
Princeps thermarum
Dalla rubrica settimanale di Luis Marques Mendes.
Até com Bruxelas a relação do Governo está hoje mais normalizada. Aqui fica uma informação em primeira mão: na negociação com Bruxelas do Orçamento para 2017 as posições, ao contrário do que se imaginaria, estão bastante próximas – Bruxelas quer uma redução de 0,6% do défice estrutural e o Governo português propõe 0,4%. Com este ambiente distendido até Bruxelas começa a ajudar.
...
Esta semana tivemos mais um momento de oposição ao Governo. Mas não foi protagonizado pelo PSD ou pelo CDS. O protagonista foi o INE. O que confirma a minha opinião já amiúde reafirmada – a verdadeira oposição ao Governo não vem do PSD ou do CDS. Vem do INE e de Bruxelas. São os únicos que fazem mossa e que realmente incomodam o Governo.
O que o INE veio dizer é que a economia está a crescer pouco. Na prática, está estagnada. E isto é um monumental incómodo para o Governo. Por 4 razões:
Primeiro: a meta definida pelo Governo falhou. Em vez do prometido crescimento de 1,8% vamos ter metade ou pouco mais de metade (o,9 ou 1%)
Segundo: a promessa eleitoral do PS de um crescimento maior que no passado foi à vida. Afinal, vamos crescer este ano ainda menos que em 2015.
Terceiro: a ideia de que o consumo ia puxar pela economia faliu. Apesar de as pessoas terem um pouco mais de dinheiro no bolso, a verdade é que o consumo está aquém do esperado. O que significa que as pessoas ou estão a pagar dívidas, ou a poupar ou a fazer as duas coisas. Não foram atrás do discurso do Governo.
Finalmente: o investimento está numa desgraça. Nuns casos porque não há dinheiro para investir. Noutros casos, porque não há confiança.
Politicamente, tudo isto é um incómodo brutal. A prova é que ninguém do Governo dá uma explicação. Economicamente, é um drama. Sem economia, a vida futura das pessoas é mais difícil. Financeiramente, é uma ameaça. Ao défice e à dívida. E o receio são novos impostos no futuro.
Notas da semana de Marques Mendes no Negócios
Até com Bruxelas a relação do Governo está hoje mais normalizada. Aqui fica uma informação em primeira mão: na negociação com Bruxelas do Orçamento para 2017 as posições, ao contrário do que se imaginaria, estão bastante próximas – Bruxelas quer uma redução de 0,6% do défice estrutural e o Governo português propõe 0,4%. Com este ambiente distendido até Bruxelas começa a ajudar.
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Esta semana tivemos mais um momento de oposição ao Governo. Mas não foi protagonizado pelo PSD ou pelo CDS. O protagonista foi o INE. O que confirma a minha opinião já amiúde reafirmada – a verdadeira oposição ao Governo não vem do PSD ou do CDS. Vem do INE e de Bruxelas. São os únicos que fazem mossa e que realmente incomodam o Governo.
O que o INE veio dizer é que a economia está a crescer pouco. Na prática, está estagnada. E isto é um monumental incómodo para o Governo. Por 4 razões:
Primeiro: a meta definida pelo Governo falhou. Em vez do prometido crescimento de 1,8% vamos ter metade ou pouco mais de metade (o,9 ou 1%)
Segundo: a promessa eleitoral do PS de um crescimento maior que no passado foi à vida. Afinal, vamos crescer este ano ainda menos que em 2015.
Terceiro: a ideia de que o consumo ia puxar pela economia faliu. Apesar de as pessoas terem um pouco mais de dinheiro no bolso, a verdade é que o consumo está aquém do esperado. O que significa que as pessoas ou estão a pagar dívidas, ou a poupar ou a fazer as duas coisas. Não foram atrás do discurso do Governo.
Finalmente: o investimento está numa desgraça. Nuns casos porque não há dinheiro para investir. Noutros casos, porque não há confiança.
Politicamente, tudo isto é um incómodo brutal. A prova é que ninguém do Governo dá uma explicação. Economicamente, é um drama. Sem economia, a vida futura das pessoas é mais difícil. Financeiramente, é uma ameaça. Ao défice e à dívida. E o receio são novos impostos no futuro.
Notas da semana de Marques Mendes no Negócios