Vespasianus
Princeps thermarum
A agência que gere o crédito público iniciou esta quarta-feira o programa de financiamento de 2017. Emitiu três mil milhões de euros através de uma nova linha de Obrigações do Tesouro, que vence em 2027. A taxa da operação foi de 4,227% e a taxa de cupão de 4,125%. Apesar de ter sido o juro mais elevado numa emissão desde 2014, Cristina Casalinho refere que a taxa média da dívida está ancorada em 3,4%. E que em Outubro irá vencer uma linha de OT que tem uma taxa de cupão mais elevada.
Qual o balanço da operação em termos de preço e de procura?
A operação foi bem-sucedida em termos de preço e procura. O preço inicial foi colocado em "mid swap" (MS) mais 360 pontos base (pb) e a operação foi fechada a MS+352pb. Assim, durante a sua execução conseguiu-se uma melhoria de custo de cerca de 8 pb. No que se refere à procura, esta foi elevada e muito forte em termos de qualidade e quantidade. Participaram muitas contas com grande diversidade de geografias e tipo de investidores.
A taxa da operação ficou acima de 4%. No entanto, o Estado consegue assegurar, logo na primeira metade de Janeiro, cerca de 20% do montante pretendido em OT para o total do ano. Este é um factor positivo e que poderá diminuir alguma da pressão sobre as taxas das obrigações nacionais?
Acreditamos que sim – essa leitura é encorajada pela forma como o mercado reagiu hoje ao lançamento da transacção.
As taxas de 4% podem ser o "novo normal" para Portugal se financiar em maturidades próximas dos dez anos? O Estado tem condições para suportar custos de financiamento deste nível?
A taxa média (implícita) na dívida portuguesa encontra-se presentemente ao nível de 3,4% e dada a sua maturidade e a representatividade dos empréstimos oficiais está relativamente ancorada em torno deste nível. Recorde-se que no auge da crise, em 2011, a taxa implícita da dívida portuguesa atingiu 4,1% numa altura em que a vida média da dívida se situava em 5,3 anos. Hoje, o custo médio encontra-se em 3,4%, como se referiu, e a vida média em 8,4 anos.
Numa perspectiva meramente de fluxos de caixa: a OT 2017 que amortiza este ano em Outubro, paga um cupão de 4,35% (foi emitida em 2007 com 10 anos) que compara com o presente cupão de 4,125% - ou seja, observa-se ainda uma poupança de juros.
(JdN)
Qual o balanço da operação em termos de preço e de procura?
A operação foi bem-sucedida em termos de preço e procura. O preço inicial foi colocado em "mid swap" (MS) mais 360 pontos base (pb) e a operação foi fechada a MS+352pb. Assim, durante a sua execução conseguiu-se uma melhoria de custo de cerca de 8 pb. No que se refere à procura, esta foi elevada e muito forte em termos de qualidade e quantidade. Participaram muitas contas com grande diversidade de geografias e tipo de investidores.
A taxa da operação ficou acima de 4%. No entanto, o Estado consegue assegurar, logo na primeira metade de Janeiro, cerca de 20% do montante pretendido em OT para o total do ano. Este é um factor positivo e que poderá diminuir alguma da pressão sobre as taxas das obrigações nacionais?
Acreditamos que sim – essa leitura é encorajada pela forma como o mercado reagiu hoje ao lançamento da transacção.
As taxas de 4% podem ser o "novo normal" para Portugal se financiar em maturidades próximas dos dez anos? O Estado tem condições para suportar custos de financiamento deste nível?
A taxa média (implícita) na dívida portuguesa encontra-se presentemente ao nível de 3,4% e dada a sua maturidade e a representatividade dos empréstimos oficiais está relativamente ancorada em torno deste nível. Recorde-se que no auge da crise, em 2011, a taxa implícita da dívida portuguesa atingiu 4,1% numa altura em que a vida média da dívida se situava em 5,3 anos. Hoje, o custo médio encontra-se em 3,4%, como se referiu, e a vida média em 8,4 anos.
Numa perspectiva meramente de fluxos de caixa: a OT 2017 que amortiza este ano em Outubro, paga um cupão de 4,35% (foi emitida em 2007 com 10 anos) que compara com o presente cupão de 4,125% - ou seja, observa-se ainda uma poupança de juros.
(JdN)