A dívida direta do Estado aumentou 4,4% no ano passado, para um total de 236,3 mil milhões de euros no final de dezembro, informou o IGCP – Agência de Gestão da Dívida Pública, esta quarta-feira, no boletim mensal de janeiro (que faz o fecho do ano). Trata-se de uma subida superior à de 2015, ano em que a dívida avançou 4,2%. Em todo o caso, foi mais suave do que nos anos anteriores, os do programa de ajustamento. Em 2011, disparou 15%, em 2012 mais de 11% em termos nominais, em 2013, mais 5%.
Note-se que, em valor, esta dívida do Estado tem vindo a aliviar desde setembro. Em percentagem do PIB, a tendência também tem sido de descida desde esse mês, ainda que ligeira. No entanto,
comparando com o final de 2015, o rácio da dívida estatal no PIB subiu de 126% para 128% em dezembro passado.
Acresce ainda que esta medida não capta todo o endividamento público. Além do Estado, há dívida contratada pelas entidades fora desse perímetro, como institutos e organismos autónomos públicos, empresas públicas, autarquias e regiões.
A dívida consolidada de todas as administrações públicas, e de acordo com o critério de Maastricht (o que vale para Bruxelas e para avaliar o desempenho de Portugal nas contas públicas), será apurada pelo Banco de Portugal a 1 de fevereiro.
De acordo com a informação do IGCP, a dívida contraída através de Obrigações do Tesouro, que representa quase metade do endividamento total do Estado, subiu 6%, para 110,1 mil milhões de euros.
Dívida do Estado subiu 4,4% em 2016, mais do que em 2015