Titoli di Stato area Euro Titoli di stato Portogallo - Tendenze ed operatività (5 lettori)

Vespasianus

Princeps thermarum
O BCE voltou a reduzir o ritmo das compras mensais de obrigações portuguesas. Em Janeiro, as aquisições foram de 688 milhões de euros, o mês menos activo desde o início do programa alargado de compra de activos, em Março de 2015. E o montante é menos de metade do implícito pela participação de Portugal na chave de capital do BCE, 1.400 milhões de euros.

Desde Abril que as compras do banco central ficam abaixo da meta indicativa e, de mês para mês, estão cada vez mais baixas. Os analistas têm avisado que, dada a regra de que o banco central não pode deter mais de 33% de uma linha de obrigações ou do total dos títulos de dívida considerados pelo programa, o BCE está a ficar sem margem de manobra para comprar obrigações nacionais. Alguns bancos de investimento mostraram mesmo cautela para a evolução das obrigações portuguesas devido a esse factor.

Em Dezembro, o BCE alterou alguns dos parâmetros das compras. Mas manteve aquela limitação, com Draghi a referir constrangimentos institucionais para a alterar. A menor actividade do BCE no mercado, a par da maior percepção risco sobre a dívida europeia e da reavaliação das obrigações a nível global, tem penalizado as taxas portuguesas.

Se antes da reunião do BCE de 8 de Dezembro, a taxa a dez anos era de 3,513%, esta segunda-feira transacciona em 4,237%, o valor mais elevado em quase um ano
. Já o prémio de risco, a diferença entre o que o mercado exige para deter títulos portugueses em vez de alemães, está no nível mais elevado desde 2014.

(JdN)



Schermata 2017-02-07 alle 09.13.57.png
Schermata 2017-02-07 alle 09.14.05.png
 

Vespasianus

Princeps thermarum
Portugal terminou o ano passado com um défice público de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) ou inferior, abaixo do que foi combinado com a Europa, e o desemprego também já estará abaixo dos 10% da população ativa, revelou ontem o ministro das Finanças num evento conjunto com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no Terreiro do Paço, para apresentar o estudo económico sobre Portugal, elaborado por esta entidade internacional.

Na introdução do encontro, Mário Centeno atacou fortemente “todas as instituições internacionais que erraram nas suas previsões” e garantiu que o défice de 2016 ficará “claramente abaixo de 2,3%” (portanto, em 2,2% ou mesmo); a OCDE usou o seu novo estudo para deixar elogios aos progressos feitos, mas também pintar um retrato algo cinzento a curto e médio prazo. O desemprego será 10,1% em 2017 e aí ficará em 2018. Falta desbloquear o investimento produtivo na economia. E disse que o défice não desce para 1,6% este ano como estima o governo, mas para 2,1%. O governo vê a economia a acelerar para 1,5% (taxa de crescimento real este ano); a OCDE diz que não acelera, mantém-se em 1,2%.

O investimento, diz a organização de Paris, cresce apenas 1,6%, puxado pelo imobiliário (aumento real de 1,3% na habitação). Angel Gurría, o secretário-geral da organização, avisou que “o stock de investimento está gasto e o potencial da economia é fraco”. Na réplica, o ministro contrapôs com “perspetivas de investimento empresarial positivas e mais elevadas” e com “um contributo muito significativo do investimento público”.

Para Gurría e a OCDE, apesar dos “progressos impressionantes”, a economia está a ficar outra vez “mais vulnerável” por razões internas (malparado dos bancos, falta de uma vaga de novas reformas estruturais no mercado de trabalho, de produto e no Estado, endividamento excessivo público e privado), “empresas zombies”. Em Portugal há muitas “empresas zombies”, não improdutivas ou “inviáveis”, que ocupam espaço no mercado e “absorvem” recursos bancários que deveriam ser canalizados para empresas viáveis e mais produtivas. Um regime que acelerasse as falências e insolvências poderia ajudar a resolver parte deste problema.

Para que se possa investir mais, é preciso “eliminar dos balanços bancários os empréstimos em dificuldades herdados do passado, abordar os estrangulamentos nos procedimentos de insolvência e a abrir novas fontes de financiamento”, insistem os economistas. A OCDE teme “desenvolvimentos adversos no sector bancário, em Portugal ou a nível europeu, podem levar à necessidade de mais apoios públicos, apesar de o espaço orçamental ser limitado, e também ao bail in de credores privados [resgate interno em que estes credores pagam parte dos prejuízos]”.

Externamente, vê Portugal totalmente exposto ao ambiente de “estagnação e de novas tensões na Europa”, afirmando que no médio prazo “uma recuperação mais lenta em muitos dos principais parceiros comerciais europeus iria reduzir a procura por exportações portuguesas”
.

Finanças estudam nova vaga de reformas estruturais “Os incentivos para novos investimentos em capital poderiam ser reforçados por melhorias na eficiência judicial, reforma administrativa, reformas na regulação do mercado de produto ou custos laborais mais baixos.” “Uma avaliação sistemática das reformas feitas no passado pode ajudar a identificar áreas para uma nova vaga de reformas estruturais”; “o Ministério das Finanças tem “envidado esforços para estabelecer uma unidade dedicada” à avaliação das reformas e isso “é bem-vindo”, revelou a OCDE em Lisboa.

Governo vê menos défice e desemprego a cair, OCDE duvida
 

Vespasianus

Princeps thermarum
A recuperação da economia mais forte do que o esperado em 2016 pode facilitar o cumprimento das metas orçamentais, sublinhou um dos analistas principais da agência de ratings Moody’s, numa conferência em Lisboa, esta terça-feira. Mas há pontos que podem complicar a vida da República Portuguesa. O vetor negativo mais evidente e material é a “fragilidade” do sector bancário por causa do incumprimento, problema em que também toca Itália, referiu o mesmo perito.

Há poucas semanas, a Fitch tinha alertado para o mesmo. Além disso, a Moody’s destaca a incerteza política. “O governo minoritário depende de partidos de esquerda que apoiam uma política orçamental mais expansionista”, diz um dos diapositivos da apresentação. Em todo o caso, “se houver um crescimento mais robusto em Portugal, e tivemos boas surpresas aí também, recentemente, ou seja, se a situação económica melhorar, claro que a situação orçamental torna-se mais fácil”, destacou Dietmar Hornung, economista principal da Moody’s, baseado em Frankfurt. A Moody’s é uma das três agências de ratings (que classificam a qualidade da dívida do país e restantes instituições, como bancos) que mantém o crédito de Portugal num nível especulativo ou ‘lixo’, portanto, um mau investimento. Com base na apresentação feita por Hornung, tudo continua na mesma, mas o panorama (outlook) é estável, o que é um “ponto de partida favorável”.

“Quem pode, não quer. Quem quer, não pode” Dos 28 países da União Europeia, 21 têm um outlook estável. Portugal é um deles. Estável porque há uma retoma (fraca) em curso, mas a qualidade do crédito é má porque, por exemplo, a dívida pública além de ser a terceira maior a seguir à grega e italiana, está a subir face a 2008. Um cenário “algo terrível” que afeta 13 dos países da zona euro, observou. “A maioria dos países tem rácios de dívida a subir. Os que querem usar os seus orçamentos para estimular a economia não tem capacidade para isso”, dando como exemplo os casos de Grécia, Itália e Portugal. Pelo contrário, “os países que têm capacidade, não a querem usar”. Alemanha e Holanda, por exemplo.

Para Dietmar Hornung, há ameaças para a zona euro e a Europa no horizonte por causa do Brexit e das políticas da nova administração Donald Trump, nos Estados Unidos. E em alguns países existem ameaças internas ligadas às eleições que vão ocorrer ao longo deste ano e que podem dar o poder a partidos radicais. “A maioria dos outlooks estão estáveis, mas os desenhos políticos colocam riscos negativos em 2017. Temos uma preocupação com o que pode acontecer em França” por causa da força da Frente Nacional (extrema-direita), acrescentou. Isto para dizer que “a incerteza é muita”, “com este calendário eleitoral podemos assistir a uma paralisia política” em decisões estruturais importantes necessárias para o projeto europeu que continuará, acima de tudo, na visão da Moody’s a ser “um projeto incompleto”.

Hornung suspeita mesmo que “não haverá novo ímpeto para iniciativas de crescimento ou para completar a união bancária” e que “as negociações do brexit podem aumentar os desacordos entre os estados membros”. Em relação a Portugal, “também não consideramos que o Brexit constitua um grande perigo”. “O rating de Portugal é muito mais influenciado pelas políticas e medidas portuguesas do que pelos desafios colocados pelo Brexit ou pelos EUA. Estes, para nós, não são fatores chave”. Ainda relativamente à economia nacional, o mesmo perito preferiu colocar a tónica na estabilidade atual dos ratings, algo que aliás é partilhado pela maioria dos países europeus. “As melhorias orçamentais nos países foram cruciais para haver esta estabilização dos ratings.”

(DV)
 

Vespasianus

Princeps thermarum
Portugal's banking system will become more stable this year, but profitability will be held back by limited credit demand and bad loans, Moody's analyst Pepa Mori said on Tuesday.

The ratings agency has a stable outlook for Portuguese banks, which have been among the most fragile in the euro zone after two rescues in 2014 and 2015, for the next 12-18 months.

"Overall, the fundamentals are weak but they are on a stabilizing trend after years of deterioration... Our view is that the trend will continue. That will be the trend for 2017," she told Reuters at a conference in Lisbon.

After years of capital shortages and growing provisions for bad loans, state-owned Caixa Geral de Depositos is being recapitalised to the tune of 5 billion euros, while Millennium bcp completed a 1.3 billion euro capital increase.

"The good news is that the stock of problem loans has stabilized. But it is still very high and will continue to drag on the balance sheet of the banks for some time," Mori said.

Moody's was awaiting a decision from the Portuguese authorities on what bad bank model they would adopt.
"We have had many models of bad banks in Europe, with or without access to public funds ... We have to see what kind of scheme will be approved."

Concerns about profitability were aligned with Moody's view on most European banks as low interest rates and subdued business volumes weigh on revenues.

"It's going to be difficult to improve profitability," she said, as a large part of net interest income and profits last year were driven by one-off cuts in funding costs.
"The trend is that it will be very much stable compared to 2016 on a recurrent basis."

Mori said the planned sale of Novo Banco was important in terms of providing a sense of medium-term strategy regardless of who ends up owning the bank. Lisbon has not ruled out nationalising it if the sale fails.

(Reuters)
 

Users who are viewing this thread

Alto