Titoli di Stato area Euro Titoli di stato Portogallo - Tendenze ed operatività (7 lettori)

Vespasianus

Princeps thermarum
A Dominion Bond Rating Service (DBRS) reiterou a classificação da dívida soberana de longo prazo de Portugal em "BBB" (baixo) [qualidade de crédito adequada, que é o último nível da categoria de investimento], sendo que a perspectiva continua "estável".

A decisão da DBRS ficou assim em linha com o consenso dos analistas, que anteviam que o rating se mantivesse um nível acima de "lixo" e que também o "outlook" permanecesse estável.

No relatório divulgado esta sexta-feira, 21 de Abril, a DBRS justifica a manutenção do "rating" da dívida de longo prazo de Portugal com vários factores positivos: ser membro da Zona Euro e aderir à estrutura de governança económica da União Europeia; possuir uma estrutura favorável da maturidade da dívida pública, bem como um pequeno excedente das contas correntes.

No entanto, deixa um alerta: "Portugal também se depara com desafios substanciais, incluindo os elevados níveis de endividamento no sector público e privado, o baixo potencial de crescimento, as pressões orçamentais e o elevado endividamento do sector corporativo".

Sobre o facto de o "outlook" (perspectiva para a evolução da qualidade do crédito) permanecer estável, a DBRS sublinha que este reflecte a avaliação que a agência faz de que os riscos para os ratings estão razoavelmente equilibrados. "O défice orçamental de 2016 ficou bem abaixo da meta estabelecida pela Comissão Europeia, revelando o empenho do governo em cumprir as normas orçamentais da UE", destaca o documento.

Actualmente, a DBRS é a única agência de notação financeira que confere um grau de investimento de qualidade à dívida de Portugal. As três maiores agências do mundo atribuem à dívida de longo prazo de Portugal classificações que a colocam a apenas um nível de entrarem na categoria de investimento de qualidade.

Ao ser a única agência que mantém Portugal acima de "lixo", a DBRS tem o poder de ligar ou desligar Portugal da máquina do Banco Central Europeu, uma vez que é a única actualmente que garante a elegibilidade da dívida nacional para os programas de compra do BCE.

A agência canadiana utiliza os termos ‘alto’ (high) e ‘baixo’ (low) nas suas notações, associados a letras. Esses termos correspondem aos sinais de ‘+’ e ‘-’ atribuídos pelas três maiores agências de rating e pela grande maioria das restantes agências.

A Fitch tem uma classificação de ‘BB+’, que é o primeiro nível de "junk". Já a perspectiva é "estável". A S&P tem também o rating soberano a apenas um nível de sair de "lixo", em BB+, com "outlook" "estável". A Moody’s, por seu lado, atribui uma notação de ‘Ba1’ a Portugal (que é igualmente o primeiro nível de "lixo"), sendo que o ‘outlook’ é também "estável".

(JdN)
 

Vespasianus

Princeps thermarum
Programa de Estabilidade

Ocorreu esta semana o debate parlamentar sobre o Programa de Estabilidade. Ninguém no país se apercebeu desse debate. Não teve história. E essa é a grande novidade deste debate.
Há um ano, o debate sobre o PE foi dos debates mais crispados do ano. Houve confronto a sério; dúvidas sobre a duração do Governo; dúvidas sobre a aprovação em Bruxelas.

Um ano depois, o debate foi um pró-forma. Só para cumprir calendário. Passou completamente ao lado do país. Os portugueses preocuparam-se com o sarampo, com as eleições em França, com o atentado em Paris, com o Sporting/Benfica. Tudo menos o Programa de Estabilidade.

Curioso é: por que é que isto sucede? Porque no espaço de um ano o país mudou muito.
Mudou economicamente. Há hoje perspectivas de crescimento que não havia há um ano.
Mudou socialmente. Há hoje um ambiente de distensão e alívio que não havia há um ano.


Mas, sobretudo, mudou muito politicamente:
Primeiro: este Programa de Estabilidade seria o PE do PSD/CDS se estes dois partidos estivessem no poder. António Costa recentrou-se. E retirou espaço de manobra e discurso à oposiçao. PCP e BE criticaram mais que Passos e Cristas.
Segundo: vive-se hoje uma atmosfera de estabilidade. Já ninguém acredita que o Governo possa cair ou que Bruxelas esteja contra o Governo. Mais ainda. Já todos acreditam que as eleições serão só em 2019.


Rating de Portugal vai subir?

- A DBRS manteve o rating de Portugal. Uma outra Agência de Notação – a Standard & Poors – veio sinalizar que Portugal está a ter melhorias. O que é que tudo isto significa.
Que mais lá para o final do ano o rating de Portugal tenderá a melhorar;

Para tal, vão contribuir três factores:
O Programa de Estabilidade – que agrada a Bruxelas, aos mercados e às agências de rating;
O crescimento da economia – e as previsões apontam para que Portugal cresça este ano cerca de 2% ou ligeiramente acima dos 2%;
E a saída de Portugal da "lista negra" dos défices excessivos – a decisão da Comissão será em Maio; confirmada a seguir no Eurogrupo; e sancionada no Conselho Europeu de Julho.


- A capitalização da Caixa conta para o défice? E aqui chegados há uma novidade importante a ter em atenção:

Ao que apurei, Bruxelas prepara-se para considerar que a injecção de capital na CGD não conta para o défice. Boa notícia.
As próprias autoridades estatísticas nacionais já concordaram com esta interpretação.

Porquê? Primeiro, porque a capitalização da Caixa não foi considerada por Bruxelas como ajuda do Estado; depois, porque a UE já anteriormente tinha considerado que a capitalização dos bancos ficaria de fora do défice.

A partir de tudo isto, quais as vantagens concretas de tudo isto? Duas vantagens, sobretudo:
A melhoria do rating será um bom sinal para os investidores. Um sinal no sentido de incentivar o investimento em Portugal.
A saída do Procedimento de Défice Excessivo vai fazer baixar os juros da dívida. E podem baixar em 1 ponto percentual. Foi por exemplo o que sucedeu em Chipre, em 2015, quando saiu do PDE.

Marques Mendes: Passos recandidata-se qualquer que seja o resultado autárquico
 
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Vespasianus

Princeps thermarum
Em proporção da respectiva economia, Portugal registou no ano passado o quinto défice da Zona Euro e a terceira maior dívida pública. Os valores foram avançados pelo Eurostat na segunda-feira, dia 24 de Abril, e embora ainda possam ser sujeitos a pequenas revisões daqui a seis meses, trata-se da primeira publicação de dados harmonizados para todos os Estados-membros referentes a 2016.

O Eurostat confirmou assim o défice de 2% do PIB para Portugal
, um valor que que o INE tinha entretanto assumido, depois de uma rara revisão em baixa de uns iniciais 2%. O menor défice da democracia, é ao mesmo tempo o quinta maior da Zona Euro. Só Espanha (4,5%), França (3,4%), Bélgica (2,6%), e Itália (2,4%) registaram desequilíbrios maiores, revelam dados do Eurostat que mostram que entre os 19 da Zona Euro, já há oito economias com excedentes orçamentais.

O instituto de estatísticas da UE também validou os 130,4% de 2016, o que representa o terceiro maior valor de toda a Zona Euro, atrás apenas de Grécia (179% do PIB) e Itália (132,6%).

(JdN)


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FALCO1975

Nuovo forumer
Buongiorno a tutti, caro Vespasianius vorrei sapere la situazione secondo te come si preannuncia per il futuro.
Rating???Ci sono ancora margini di risalita??
Grazie anticipatamente per la tua disponibilita'
 

Vespasianus

Princeps thermarum
Buongiorno a tutti, caro Vespasianius vorrei sapere la situazione secondo te come si preannuncia per il futuro.
Rating???Ci sono ancora margini di risalita??
Grazie anticipatamente per la tua disponibilita'
Potessi darti una risposta sensata, lo farei volentieri, ma dei movimenti dei portoghesi negli ultimi due mesi non ho capito praticamente nulla.
In parte c'è stato un recupero (rispetto al resto della periferia) dopo lo sprofondo di gennaio, dovuto – immagino – ai buoni dati su crescita e deficit nel 2016, accompagnati da buone previsioni per 2017 e 2018 (poi si rallenta), e un paio di settimane fa notavo che l'eurirs20y era tornato al livello di inizio dicembre (recuperando 15 pb rispetto a gennaio) e il rendimento del ventennale portoghese pure, quindi anche la ridiscesa dei tassi ha aiutato il recupero.
Il problema è che nel frattempo i tds portoghesi hanno continuato a salire mentre btp e bonos non se la passano bene. Se per i btp la ragione può essere l'incertezza dovuta a banche, governo/elezioni, crescita bassa, ecc., nel caso della Spagna non è chiaro perché non ci sia stato un recupero simile a quello dei portoghesi (ma non seguo le vicende spagnole, quindi non escludo che una ragione ci sia).

Oggi c'è la spinta dello scampato pericolo francese, da qui in avanti, per me, c'è l'ignoto profondo: non credo possano salire ancora molto, forse un colpo dopo il secondo turno francese (con definitiva elezione di Macron), ma a costo di far sempre la figura dell'orso, non vedo ragioni per un ulteriore prolungato rialzo. Finita l'estate ci sarà la decisione Bce sul PSPP e inizierà la fine dell'espansione monetaria, vedremo con quali effetti.

Tanto per capire (grafico rozzo, variazioni in percentuale sul dato iniziale): qui l'andamento dei rendimenti ventennali periferici dall'8 novembre a oggi. Il Portogallo (blu) è l'unico a essere quasi tornato ai livelli pre-Trump. Gli altri ancora abbondantemente sopra, l'eurirs20y +24 pb (venerdì u.s.) rispetto all'8 novembre.



Schermata 2017-04-24 alle 12.56.10.png
 

Bzt

Forumer storico
Una spiegazione semplicistica e rozzissima potrebbe essere l'esaurirsi di un ciclo speculativo ribassista, speculare a quello rialzista che portò il 2037 a quasi 140 a marzo 2015. Ma probabilmente vale circa quanto una chiacchiera da bar...
 

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