Titoli di Stato area Euro Titoli di stato Portogallo - Tendenze ed operatività

L'accorciamento delle scadenze non è una scappatoia. Con decennale in area 5% la curva molto probabilmente si appiattisce e appena si fiuta un possibile ingresso Troika si inverte.
Con un debito come quello del Porto, se si arriva con il decennale al 5%, potrebbe essere una strada senza ritorno, imho.
Intendevo dire che se emettere debito a 10 anni costasse più del 5%, per non far crescere il costo medio di finanziamento potrebbero, per un breve periodo, emettere titoli a scadenza più breve, quindi con interessi più bassi.
Ovvio che a lungo andare la tattica non funzionerebbe perché arriverebbero a una crisi di liquidità con l'aumentare progressivo del rifinanziamento dei titoli in scadenza.
 
Dal bollettino BCE, situazione inflazione.

Headline inflation increased markedly in December 2016. HICP inflation rose to 1.1% in December from 0.6% in November (see Chart 7). This increase was driven in particular by much higher energy price inflation, which continued to play a dominant role in the recovery of headline inflation since the low of -0.2% in April 2016. A large part of the higher energy price inflation can be explained by sizeable upward base effects, which will also affect inflation in early 2017 (see Box 4).

Underlying inflation showed no signs of a convincing upward trend.
The annual rate of HICP inflation excluding food and energy was 0.9% in December, following 0.8% for the four months to November. Available data at the national level suggest that the December uptick was largely the result of an upsurge in the volatile travel- related component. HICP inflation excluding food and energy remains well below its long-term average of 1.5%. Furthermore, alternative measures do not indicate a pick-up in underlying inflationary pressures. This may reflect in part the lagged downward indirect effects of past low oil prices but, more fundamentally, also continued weak domestic cost pressures.

[...]

Longer-term market-based inflation expectations increased further and the gap vis-a-vis higher survey-based measures narrowed. Since early December, market-based measures of inflation expectations have recovered further across all maturities, continuing a trend which began in the second half of 2016. The five-year forward inflation rate five years ahead increased from 1.70% in early December to 1.73% in mid-January. The rise primarily reflects an increase in the inflation risk premium. The latest round of the ECB’s Survey of Professional Forecasters (SPF), conducted in January, shows that long-term inflation expectations for the euro area remained broadly stable at around 1.8%. Inflation expectations for the near-term were revised upwards slightly (see Chart 8), which was probably driven by oil price developments (see also Box 5).


Schermata 2017-02-02 alle 10.44.44.png
Schermata 2017-02-02 alle 10.44.51.png
 
A taxa de juro média da dívida pública que foi emitida (dívida direta do Estado) ao longo de 2016 aumentou ligeiramente para 2,5%. Interrompe tendência de descida que já durava desde 2014. De acordo com dados da agência da dívida pública (o IGCP, tutelado pelo Ministério das Finanças), o custo da dívida emitida estava a descer desde 2014, ano que a taxa média rondava os 3,6%. E 2015 viria a baixar de forma ainda mais significativa, para 2,4%. Este encarecimento de uma décima no juro médio contratado pelo Estado reflete a subida inequívoca e persistente do custo da dívida (emissão de OT – obrigações do tesouro a dez anos, por exemplo) desde início de agosto de 2016. Nesse mês, a República ainda conseguia taxas no mercado secundário na ordem dos 2,7%; atualmente, o custo das OT já vai nos 4,1%.

Este agravamento terá muito a ver com a diminuição temporária das compras de dívida pública aos bancos por parte do Banco Central Europeu (BCE) nos últimos meses e com as perspetivas de que esses programas de expansão monetária (quantitative easing) possam ser descontinuados (ainda que parcialmente) a partir do final deste ano, início do próximo, por causa da subida da inflação. Isso ajuda a explicar que Portugal não esteja sozinho neste agravamento das taxas. Hoje, segundo a Lusa, o Tesouro de Espanha emitiu 4,3 mil milhões de euros em dívida a três, dez e 15 anos, e as taxas de juro também subiram face a leilões comparáveis, como tem acontecido com Portugal.

A 11 de janeiro, o IGCP fez o primeiro leilão do ano (OT a dez anos) e teve de pagar aos credores (bancos essencialmente) um juro superior a 4,2%, o maior desde que Portugal saiu do programa de ajustamento da troika. O empréstimo em causa é de 3 mil milhões de euros. O problema é que Portugal tem um stock de dívida pública muito maior do que o de Espanha, o que gera um serviço de dívida muito mais difícil de pagar, ou seja, a pressão sobre o défice é proporcionalmente muito maior.

Segundo o Eurostat, Portugal tinha, no final do terceiro trimestre um rácio de dívida de 133,4% do Produto Interno Bruto (PIB), o segundo maior da Europa (o maior fardo é do grego, com 176,9%). Espanha tem uma dívida elevada também, mas é a sexta maior da União Europeia, com um rácio de 100,3%. Além disso, a economia espanhola cresce mais do que a portuguesa, o que torna a situação menos dramática e dilui mais as dúvidas sobre a qualidade do crédito soberano (capacidade do país pagar a tempo e horas). Recorde-se que três das quatro agências de ratings de referência para o BCE classificam a dívida portuguesa como “especulativa”, “de não investimento”, ‘lixo’.

Entretanto, soube-se na quarta-feira pelo Banco de Portugal, a dívida nacional terá ficado nos 130,1% do PIB em 2016. Era 129% no final de 2015. O custo na nova dívida emitida subiu ligeiramente, mas o custo de todo o endividamento (stock) até desceu, refletindo em parte os pagamentos antecipados ao FMI (cujos empréstimos são muito mais caros). A taxa de juro média global desse stock desceu de 3,4% em 2015 para 3,2% em 2016, diz o IGCP.

(DV)
 
Oggi Fitch rivede il rating portoghese (e probabilmente lascerà tutto invariato).

A agência de notação de risco de crédito Fitch Ratings, a mais pequena das “três grandes” (S&P, Moody’s e Fitch), deve manter nesta sexta-feira o rating da dívida pública portuguesa num nível de alto risco (lixo),
inviabilizando que o Tesouro português se liberte do sufoco constante de ter poucos compradores para a sua dívida além de Mario Draghi e do Banco Central Europeu (BCE). A Fitch esteve em Lisboa na semana passada e indicou que só quando houver “mudanças estruturais” na economia nacional é que o rating poderá subir — e avisou que quer ver “progressos” antes de tomar essa decisão, e nacionalizar o Novo Banco, por exemplo, não corresponde àquilo que a agência consideraria um “progresso”.

Uma banca com problemas que se arrastam, crescimento económico fraco e abaixo do previsto pelo governo, uma montanha de dívida acumulada e um défice que, apesar de ter ficado abaixo de 2,5%, não chega para impressionar a agência de rating, porque é sabido que efeitos extraordinários e uma quebra histórica no investimento público foram decisivos.

Nós importamos-nos com o crescimento potencial a longo prazo e com a sustentabilidade da dívida. Ou seja, se as políticas que estão a ser aplicadas são apenas one offs (efeitos extraordinários) ou se são sustentáveis. É muito fácil cortar o défice de forma expressiva num ano, cortando no investimento, mas estando a criar-se problemas para o futuro. Vemos isso muito em algumas economias emergentes, por vezes”, ouviu o Observador da boca de Federico Barriga Salazar, o diretor da área de soberanos europeus da Fitch.

Atualmente, a Fitch tem um rating de alto risco para Portugal e uma perspetiva “estável”, uma perspetiva que em março foi despromovida – uma decisão que foi vista, na altura, com deceção por alguns analistas. Em março, a Fitch criticava as previsões demasiado otimistas que estavam inscritas no primeiro Orçamento do Estado de Mário Centeno (era 1,8% e, como se comprovou, o crescimento foi mais baixo e rondará os 1,2%) e temia pela solidez da solução governativa que levou António Costa à cadeira de primeiro-ministro. No segundo ponto, a Fitch reconhece, agora, que terá subestimado a resiliência da maioria parlamentar.

Mas isso não ajuda muito a que Portugal seja mais bem visto pela agência de rating, ao ponto de se acreditar que a notação de risco possa subir nos próximos tempos — nem mesmo na Fitch, que excetuando a DBRS foi historicamente a agência mais otimista em relação a Portugal ao longo dos anos da crise. Os analistas do mercado de dívida acreditam que nada vai mudar no rating nem na perspetiva (outlook), mas não irão deixar de estar atentos ao tom do relatório da Fitch, que pode ser mais ou menos animador.

A Fitch não ficou muito impressionada com a redução do défice, apesar de ser um fator importante. Mas está surpreendida com a durabilidade da solução governativa.

Um especialista que há vários anos acompanha a dívida portuguesa, para o alemão Commerzbank, David Schnautz, diz que o mais provável é que a Fitch adote um tom mais cauteloso em relação a Portugal, dando a entender que o rating não só está longe de subir como pode, até, vir a descer mais alguns degraus. É certo que os impactos positivos de uma eventual subida de rating não são simétricos com os impactos negativos de uma eventual descida — afinal de contas, o rating já está em lixo e uma despromoção não alteraria muita coisa, ao passo que uma subida poderia ter grande importância.

Contudo, David Schnautz considera que, mesmo neste contexto em que o rating já está em lixo, os juros podem mesmo agravar-se ainda mais caso a Fitch dê maior ênfase aos riscos negativos do que aos aspetos positivos. Portugal já está a sentir no mercado a pressão de estar dependente da agência DBRS e do BCE para escoar a dívida que é necessário emitir, mas o analista do Commerzbank não exclui que os juros continuem a subir nas próximas semanas e meses.

Se o outlook for colocado em negativo, é muito provável que isso origine ainda mais nervosismo e juros mais elevados no mercado. Contudo, a previsão mais consensual é que fique em estável, portanto tudo vai depender do palavreado usado pela Fitch. No global, continuo a acreditar que a trajetória mais provável é que os juros continuem a subir, gradualmente.”


Existe um contexto externo desfavorável, como já tem sido escrito, mas o analista do Commerzbank diz que, quando se fala de Portugal, “não é tudo um pesadelo mas as coisas estão piores do que parecem”. “Manter o ritmo de redução do défice este ano e em 2018 vai ser muito mais difícil”, acrescenta David Schnautz, notando que “subidas de rating podem não estar em cima da mesa este ano e também não é provável que ocorram no próximo ano“.

(OBS)




Schermata 2017-02-03 alle 09.21.30.png
 
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) aponta para "um défice em torno do limite definido" para 2016, que estimou ser de 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) se forem excluídas as medidas extraordinárias.

Na nota sobre a execução orçamental de Dezembro em contabilidade pública, a que a Lusa teve hoje acesso, a UTAO apresenta uma primeira aproximação à contabilidade nacional (a óptica que conta para Bruxelas) e antecipa "um défice em torno do limite definido para o objectivo anual".

A meta para o défice de 2016 em contabilidade nacional foi revista em alta pelo Governo no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), correspondendo agora a 2,4% do PIB (incluindo medidas extraordinárias), tendo a UTAO estimado na altura que, "em termos ajustados de operações extraordinárias, o défice a considerar é de 2,6%".

De acordo com os cálculos da UTAO, em contas nacionais, o défice orçamental das administrações públicas passou dos 5.358 milhões de euros no final de 2015 para os 4.829 milhões de euros em 2016.

Esta melhoria do défice em contas nacionais estimada pela UTAO ficou a dever-se sobretudo à Segurança Social, cujo saldo melhorou 656 milhões de euros em 2016, ao passo que a administração central agravou o défice em 1.402 milhões de euros e as administrações local e regional também deterioraram o seu défice em 90 e 38 milhões de euros, respectivamente.

UTAO estima défice em torno de 2,6% sem medidas extraordinárias
 

Users who are viewing this thread

Back
Alto