Titoli di Stato area Euro Titoli di stato Portogallo - Tendenze ed operatività (3 lettori)

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Em 2016, o financiamento das administrações públicas foi de 4,7 mil milhões de euros, inferior aos 8,5 mil milhões de euros registados em igual período de 2015 (Gráfico 1).

O financiamento obtido pelas administrações públicas junto dos bancos e de outros financiadores residentes ascendeu a 8,1 mil milhões de euros e 11,3 mil milhões de euros, respetivamente.

Em contrapartida, o financiamento concedido pelo exterior foi de -14,7 mil milhões de euros, refletindo a redução em 9,6 mil milhões de euros de títulos de dívida na posse de não residentes e os reembolsos antecipados de empréstimos do FMI de 4,5 mil milhões de euros (Gráfico 2).

Por tipo de instrumento financeiro, registaram-se emissões líquidas de títulos de 11,3 mil milhões de euros, parcialmente compensadas por uma redução de 6,6 mil milhões de euros nos empréstimos líquidos de depósitos.

(BdP)




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Princeps thermarum
O fundo Lone Star vai entrar em negociações exclusivas com o Governo para a aquisição do Novo Banco, cerca de 13 meses depois do início de um concurso no qual terminou em primeiro lugar. As condições genéricas do negócio já são conhecidas, falta saber quanto é que o Lone Star pagará ao Fundo de Resolução pelo controlo do Novo Banco. Será “um valor simbólico”, revelou ao ECO uma fonte que participa nas negociações.

Depois de meses de negociações entre a equipa do Banco de Portugal liderada por Sérgio Monteiro e o Lone Star, as condições de compra do Novo Banco mudaram no momento em que o ministro das Finanças traçou uma linha vermelha: não pode haver garantia de Estado no negócio. A garantia, refira-se, tinha uma função particular na operação desenhada pelo Lone Star: o capital necessário num banco é exigido em função do crédito concedido e, particularmente, do crédito ponderado pelo risco. Ora, uma garantia de Estado permitiria libertar capital, precisamente porque os ativos protegidos pela garantia teriam menos risco do que aquele que comportam hoje. E isso significaria um esforço menor de capitalização do Novo Banco para cumprir as regras de solidez e as almofadas financeiras exigidas pelo BCE.

Sem a garantia bancária, o Lone Star exigiu uma partilha de risco com o Estado com outro modelo. O Estado continuará acionista – tudo indica através de uma entidade que não o Fundo de Resolução -, com uma posição minoritária. Desta forma, o fundo garante que se houver necessidade de novos aumentos de capital por desvio em relação ao plano de negócios, o Estado será também forçado a meter ‘dinheiro fresco’, em proporção da sua posição. O ECO revelou este plano B em primeira mão, e Mário Centeno já confirmou publicamente essa possibilidade.

Por outro lado, o Lone Star vai pôr já mil milhões de euros na capitalização do Novo Banco, um aumento de 250 milhões face à proposta que foi escolhida como favorita pelo Banco de Portugal no dia 4 de fevereiro.

Nestas condições, o Lone Star estava disposto a pagar ao Fundo de Resolução até 750 milhões de euros por 100% do Novo Banco – muito longe, claro, dos 4,9 mil milhões de capital injetado no momento de criação do banco, dos quais 3,9 mil milhões emprestados pelo Estado. Agora, o cheque vai ter “um valor simbólico”.

Oficialmente, ninguém responde às perguntas do ECO. Agora, chegou o momento do Governo. E o Banco de Portugal, que continuará a assessorar nas negociações, já esgotou a capacidade negocial. Além disso, como é público e notório que a decisão final será de António Costa, facto já reafirmado pelo próprio, o Lone star sabe que tem de manter uma margem de manobra negocial para exigências políticas de última hora. Acresce que, neste momento, a discussão passa também por Bruxelas e pela Comissão Geral da Concorrência, que tem de autorizar um modelo em que o Estado continua como acionista.

A capitalização do Novo Banco não acaba aqui, com dinheiro fresco do Lone Star e a presença do Estado no capital. Nestas negociações, o Governo quer também envolver os obrigacionistas seniores no reforço do capital do banco. Aliás, esta solução também estava implícita na primeira proposta de compra do Lone Star. E, nestes modelos, a solução passa por convencer estes obrigacionistas, especialmente os que investiram em linhas de obrigações seniores de longo prazo, a passarem a acionistas. Qual será o montante? Até 750 milhões de euros.

(ECO)
 

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A inflação na zona euro é o principal indicador que prende as atenções do Banco Central Europeu (BCE). Depois de uma estimativa rápida que indica uma aceleração acima da média dos últimos anos, os dados do Índice de Preços no Consumidor (IPC) na zona euro, em janeiro, são divulgados esta quarta-feira. O mais provável é que a Alemanha se mantenha como locomotiva dos preços nos países da moeda única e continue a reforçar as críticas a Mario Draghi.



Preços na zona euro: mais pressão contra Draghi?
 
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Bruxelas voltou hoje a confirmar que o défice orçamental português deverá cumprir a meta exigida por Bruxelas, ficando nos 2,3% em 2016 (Mário Centeno já garantiu que não ultrapassará os 2,1%). No entanto, para 2017, embora se antecipe uma nova descida, são identificados três riscos principais relacionados com o controlo das contas: a evolução da conjuntura económica, o impacto de ajudas aos bancos e eventuais derrapagens na despesa.

"Prevê-se que o défice continue a diminuir para 2% do PIB em 2017, essencialmente em resultado de uma recuperação económica moderada e boas condições de financiamento"
, pode ler-se no relatório sobre Portugal, publicado hoje pela Comissão Europeia, no âmbito do Semestre Europeu. "Contudo, a incerteza sobre as perspectivas macroeconómicas, o potencial impacto no défice de medidas de apoio aos bancos e possíveis desvios na despesa constituem riscos."

No que diz respeito aos riscos relacionados com a banca, a Comissão refere em específico a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos como uma fonte potencial de derrapagem no défice.

Muito se tem debatido sobre os efeitos que a recapitalização pode ter nas contas portuguesas. Por um lado, a Comissão Europeia decidiu que operação não é considerada uma ajuda de Estado. Por outro, o historial de decisões do Eurostat mostram que é provável que acabe por incluir os prejuízos passados da CGD.

Bruxelas explica que a descida do défice prevista para este ano será conseguida com medidas extraordinárias (garantia do BPP e mais dividendos do Banco de Portugal), assim como a recuperação da economia e a continuação, ainda que enfraquecido, do programa de compra de activos do BCE. Depois de ter sido adoptada uma política orçamental expansionista em 2015, a evolução estrutural das contas deverá ser neutra em 2016 e 2017.

No que diz respeito à dívida, observou-se um aumento em 2016 para 130,5% justificado com um aumento do endividamento por parte do Governo para fazer face à recapitalização da Caixa, que deverá ocorrer só este ano.
Em 2017, a Comissão espera uma descida para 128,9% do PIB e, em 2018, para 127,1% devido a excedentes primários e mais crescimento económico.

(JdN)
 

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The capital buffers in Portugal's banks aren't big enough to deal with their bad loans, the International Monetary Fund warned, and it urged banks to clean up their balance sheets to help the country grow and cut its debt burden.

In a report of the fifth monitoring mission following the end of Portugal's bailout in 2014, the IMF board said that despite a reduction in risk-weighted assets, Portugal's banks had the second-lowest capital ratio in the European Union, at 12.3 percent.

Although total capital in the banking system is above regulatory requirements, it "appears insufficient to tackle the likely capital shortfall in the system if non-performing loans are fully provisioned for", the IMF said.
"A comprehensive balance sheet clean-up" is needed to break a vicious circle of weak banks, high non-performing loans and slow growth, the IMF said.

It called on regulators to ensure that banks set ambitious targets for reducing bad loans and forced them to increase coverage ratios with additional provisions.

Portugal's banking system is still reeling after the state had to rescue two lenders in 2014 and 2015.

After years of capital shortages, state-owned Caixa Geral de Depositos is being recapitalised by 5 billion euros (4 billion pounds). The largest listed bank, Millennium bcp (BCP.LS), completed a 1.3 billion-euro capital increase.

The IMF said the Geral de Depositos recapitalisation weighed on public debt in late 2016, when it rose to 130.5 percent of gross domestic product, and it expects only a modest reduction to some 130 percent in 2017.

High public debt complicates the situation in Portugal. It leaves no fiscal room for the state to finance a "bad bank" for non-performing assets, so banks have be able to raise additional private capital themselves. That requires more cost cuts and measures to improve their weak profitability.

Portugal's economic growth slowed to 1.4 percent last year from 1.6 percent in 2015 as investment fell and private consumption slowed. Still, the government says it cut its budget deficit to 2.1 percent of GDP or less from 4.4 percent in 2015. It targets 1.6 percent in 2017.
The IMF said that forecast "depends in large part on optimistic revenue projections, raising risks to execution". It called for durable spending reforms rather than one-off adjustments. Its forecast this year's deficit at 2.1 percent.


(Reuters)
 

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Prémio de risco em alta mesmo com efeito BCE
O FMI considera que "os termos do acesso de Portugal ao mercado aparentam ser significativamente influenciados pelo apoio ao mercado de dívida soberana concedido pelo programa alargado de compra de activos do BCE". E que apesar da redução das compras, no total do programa este deu um apoio significativo às obrigações portuguesas.

"As compras de dívida soberana do BCE no mercado secundário foram equivalentes ao total da emissão líquida de obrigações durante 2015 e mais do dobro das emissões líquidas de 2016
", refere o relatório. Mas nota que, mesmo com este apoio, os prémios de risco da dívida portuguesa subiram face à Alemanha e a outras economias do sul da Europa no final de 2016 e no início de 2017.

Segundo dados do BCE, desde o início do programa até final de Janeiro foram comprados 25.300 milhões de euros em obrigações portuguesas.

Acesso ao mercado vulnerável a riscos
O cenário base do FMI é de que as condições favoráveis da política monetária tenham apenas uma diminuição gradual. E é essa projecção que leva a entidade a considerar que a capacidade de Portugal lhe pagar os empréstimos permanece "adequada".

Mas o Fundo ressalva que esse cenário "continua vulnerável a surpresas negativas, como a deterioração das perspectivas macroeconómica ou de riscos externos – incluindo uma maior inclinação da curva de rendimentos nos EUA, uma subida global das taxas, ou uma travagem brusca na China – que poderiam pressionar bastante mais os prémios de risco do que o projectado". O FMI adverte ainda que "uma surpresa negativa com proveniência do sistema bancário poderia ser particularmente gravosa".

O Fundo reconhece que "a estrutura da dívida pública melhorou e fortaleceu a resistência de Portugal a custos de financiamento mais elevados, mas uma subida considerável das taxas poderia rapidamente criar o ciclo em que o financiamento no mercado se torne mais restritivo, o que por sua vez levaria a subidas adicionais das taxas".

O que fazer caso os juros subam
Na matriz dos riscos para a economia portuguesa o FMI atribui uma probabilidade elevada a uma subida dos juros, seja por uma redução do apoio do BCE, pela perda do "rating" do único "rating" em grau de investimento ou por dificuldades no sector bancário.

A receita do Fundo para minimizar essa ameaça passa por "evitar retrocessos nas reformas". E caso esse risco se materialize, o FMI sugere que "se tomem passos para restaurar o acesso ao mercado com termos favoráveis e que se assegure que o acesso dos bancos a liquidez seja mantido". Além disso, recomenda que "se tomem medidas para assegurar que as metas orçamentais são cumpridas".

FMI lança avisos sobre riscos dos juros da dívida sem o efeito BCE
 

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