Titoli di Stato area Euro Titoli di stato Portogallo - Tendenze ed operatività

O Programa de Estabilidade apresentado pelo Governo cumpre no papel as regras europeias de redução de dívida e défice, mas incorpora riscos relevantes: 70% da melhoria do défice entre 2017 e 2021 depende de uma continua recuperação da economia, e mais de 80% da contenção da despesa não está especificada. A análise é do Conselho das Finanças Públicas (CFP) que evidencia os riscos da estratégia orçamental do Governo, lembrando que excesso de optimismo tem sido uma das marcas deste documentos ao longo dos anos.

Entre 2017 e 2021 o governo prevê melhorar o saldo orçamental de -1,5% este ano para + 1,3% em 2021, o que permite uma redução de 21 pontos percentuais na dívida pública para 109,4% do PIB. "Estes objectivos afiguram-se adequados para a economia portuguesa e estão de acordo com as regras orçamentais nacionais e europeias, exceptuando apenas o esforço orçamental em 2017, ano em que a melhoria prevista no saldo estrutural é inferior ao requerido pela lei de enquadramento orçamental e pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento", escreve o Conselho das Finanças Públicas notando que a redução do saldo estrutural de 0,3 pontos este ano não cumpre a recomendação de 0,6 pontos, a que Portugal está obrigado, como o Negócios evidenciou em Abril.

Para os economistas sob a coordenação de Teodora Cardoso, a promessa de redução de dívida "merece destaque", pois é "essencial para a melhoria da percepção e notação de risco da República e para a melhoria estável das condições de financiamento da economia".

Medidas de redução da despesa não especificadas
Mas se no papel tudo parece bem, a realidade pode vir a revelar-se menos harmoniosa. É que o cenário orçamental depende quase totalmente da retoma da economia e de promessas de poupanças orçamentais não especificadas.

"A melhoria prevista para o saldo [orçamental] depende crucialmente da evolução macroeconómica e da correta antecipação da dinâmica de evolução das variáveis orçamentais no cenário de políticas invariantes", lê-se numa nota enviada à imprensa pelo CFP, na qual especifica que mesmo na ausência de novas medidas, a retoma "seria suficiente para assegurar a eliminação do défice orçamental e atingir um ligeiro excedente em 2021, explicando só por si 70% da melhoria do saldo ajustado [de medidas temporárias] entre 2017 e 2021".

As medidas de política económica explicam a restante consolidação orçamental, e centram-se essencialmente na despesa. Mas o problema aqui é que quase 80% das poupanças não se encontram especificadas, avisa o CFP. "As medidas de política orçamental, que explicam um quarto da referida melhoria do saldo ajustado entre 2017 e 2021" concentram-se "sobretudo na despesa", mas "mais de quatro quintos das dirigidas à redução da despesa (1367 M€) resultam de ganhos de eficiência, que dependem de medidas não especificadas, que apenas apontam as metas a atingir".

Em suma, o Programa de Estabilidade "consagra objectivos económicos e orçamentais adequados à sustentabilidade do crescimento económico e das finanças públicas portuguesas" mas não explica como. Isso é um risco e não é novo: "A ausência dessa explicitação tem sido uma característica habitual dos Programas de Estabilidade apresentados por Portugal, mas desperdiça o papel que deveriam desempenhar no enquadramento da tomada de decisões de que depende a credibilização dos objectivos definidos e a capacidade de os atingir", escreve o CFP.

(JdN)
 
O colégio de comissários discutiu esta terça-feira as orientações sobre o Pacote de Primavera. A discussão terá sido produtiva e o anúncio das recomendações por país está para "muito, muito perto."

A decisão sobre se Portugal sairá do Procedimento por Défice Excessivo deverá estar por dias. A Comissão Europeia deverá emitir as recomendações de políticas específicas para os Estados-membros ainda antes da reunião do Eurogrupo, agendada para a próxima segunda-feira. A par destas recomendações, deverão ser anunciadas as decisões sobre o PDE. A indicação foi dada esta terça-feira, pelo porta-voz da Comissão, Margaritis Schinas, depois da reunião do colégio de comissários.

Esta terça-feira, o colégio de comissários fez o debate de orientação sobre o Pacote de Primavera, no âmbito do Semestre Europeu. Por outras palavras, quer dizer que os comissários debateram sobre as previsões da Comissão para cada país, publicadas na semana passada, e discutiram em que sentido devem ser dadas recomendações de políticas específicas para cada Estado-membro.

Tal como Margaritis Schinas revelou, “todas as questões em torno da problemática decisional foram abordadas”, incluindo a grelha de critérios utilizada para avaliar o esforço de ajustamento orçamental que está a ser feito por cada país. Na sequência deste debate, “vamos ver resultados em breve”, garantiu o porta-voz da Comissão.

Margaritis Schinas não quis especificar o calendário de anúncio das decisões sobre o PDE. Mas, em resposta aos jornalistas, que queriam saber se as decisões serão comunicadas antes da próxima reunião do Eurogrupo, agendada para segunda-feira 22 de maio, o responsável admitiu que “em breve” quer dizer que o anúncio está para “muito, muito perto”, sugerindo que sim.

Conforme explicou fonte oficial da Comissão ao ECO, “é provável” que a decisão sobre as eventuais saídas do PDE sejam comunicadas no mesmo dia em que são publicadas as recomendações por país, “mas não é obrigatório”.

Portugal é um dos países que está à espera de saber se sairá do Procedimento por Défice Excessivo, depois de em 2016 ter conseguido cortar o défice para 2% do PIB, um valor abaixo do limite de 3% e melhor do que a meta definida pela Comissão (que era de 2,5%). Para sair do PDE, o país precisa não só de colocar o défice abaixo de 3%, como de apresentar uma trajetória sustentável de correção do desequilíbrio das contas públicas. Nas Previsões de Primavera, a Comissão projeta o défice orçamental português sempre abaixo do limite de 3% até 2018, mas não encontra medidas de consolidação por parte do Governo. Ou seja, em termos estruturais antecipa uma degradação do saldo orçamental.

Esta terça-feira, o Conselho das Finanças Públicas divulgou a sua análise ao Programa de Estabilidade do Governo — que fixa os planos do Executivo em matéria orçamental para o horizonte de 2017 a 2021 — e deixou vários alertas.

(ECO)
 
Na nota mensal sobre a dívida, a que a Lusa teve hoje acesso, os técnicos que apoiam o parlamento referem que, tendo em conta a última apresentação aos investidores do IGCP - a agência que gere a dívida pública portuguesa -, o Governo prevê antecipar o pagamento ao FMI de "6,5 mil milhões em 2018 e pelo menos 700 milhões de euros em 2019", num total de 7,2 mil milhões de euros.

Inicialmente, e sem qualquer antecipação dos reembolsos, estava previsto que Portugal começasse a devolver o dinheiro pedido ao FMI apenas em 2019, ano em que deveria pagar 2,5 mil milhões de euros, seguindo-se mais 4,9 mil milhões em 2020 e outros 4,3 mil milhões de euros em 2021.

A UTAO conclui que a informação actualizada do IGCP significa que "implicitamente, encontra-se previsto o reembolso antecipado de 6,5 mil milhões de euros em 2018 e de pelo menos 700 milhões de euros em 2019", num total de 7,2 mil milhões de euros em 2018 e 2019.

Para 2020 não estão previstos reembolsos antecipados ao FMI e, para 2021, o IGCP espera agora devolver dois mil milhões de euros.

Desde que Portugal começou a devolver parte do crédito do FMI antes da maturidade, em 2015, foram já reembolsados mais de 14.500 milhões de euros do envelope total de 26 mil milhões que a instituição liderada por Christine Lagarde concedeu ao país no âmbito do resgate financeiro de 2011.

O pagamento antecipado do empréstimo ao FMI, liderado por Christine Lagarde, permite poupanças para o Estado, porque a este crédito estão associadas taxas de juro mais elevadas.
No entanto, para que o Estado possa realizar estes reembolsos antecipados ao Fundo tem de previamente ser autorizado tanto pelo FMI como pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).

Em Abril, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, disse em Washington, numa entrevista à televisão norte-americana CNBC, que o Governo estava a discutir com o MEE uma nova autorização para fazer um reembolso antecipado ao FMI, sem adiantar o valor dos novos reembolsos nem a data para a amortização antecipada.

(JdN)
 
A UTAO estima que a dívida pública tenha estabilizado nos 130,4% do PIB até março, em linha com o valor registado no final de 2016 e acima da meta assumida pelo Governo para este ano, de 127,9%.

Na nota mensal de abril sobre a dívida pública, a que a Lusa teve hoje acesso, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) refere que a dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, “aumentou no primeiro trimestre”, para os 243,5 mil milhões de euros, acima dos 241,1 mil milhões a que chegou no final de 2016.

Mas face ao Produto Interno Bruto (PIB), os técnicos independentes que apoiam o parlamento calculam que a dívida pública “se tenha situado entre 130% e 130,7% do PIB” no final do primeiro trimestre, o que coloca o valor central da projeção nos 130,4%, igual ao registado em dezembro do ano passado.

A UTAO indica que, a confirmar-se esta previsão, “regista-se uma manutenção face ao valor da dívida pública no final de 2016”, o que se traduz num rácio superior ao previsto pelo Ministério das Finanças para este ano, de 127,9% do PIB.

Quanto à dívida pública excluindo os depósitos da administração pública, a UTAO estima que tenha atingido os 121,3% do PIB no final do primeiro trimestre, “um acréscimo de 0,2 pontos percentuais face ao final de 2016”.

(DV)
 
Asta di BT a 6 e 12 mesi, rendimenti sempre più negativi.

A agência que gera a dívida pública realizou um duplo leilão, tendo colocado 1,5 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro, um valor em linha com o estimado, que apontava para uma emissão glocal entre 1,25 e 1,5 mil milhões de euros.

Na emissão a 12 meses os juros associados foram de -0,153%, o que compara com os -0,135% na última emissão comparável. É um novo mínimo histórico. A última emissão a 12 meses tinha sido realizada em Abril, altura em que a taxa de juro nesta emissão foi de -0,135%. Esta é a quinta emissão consecutiva a um ano em que o Estado português consegue financiar-se a juros negativos, o que significa que o Estado recebe juros dos investidores para se financiar, ao contrário do que é habitual.

Neste prazo, Portugal colocou 1.000 milhões de euros, com a procura a ser de 1,62 vezes a oferta.

Na emissão a seis meses o juro foi de -0,21%, o juro mais baixo de sempre. A última emissão comparável foi realizada em Março, altura em que cobraram a Portugal uma taxa de -0,158%.
Nesta maturidade, o IGCP colocou 500 milhões de euros. A procura por estes bilhetes do Tesouro foi de 2,23 vezes a oferta.

Portugal tem conseguido reduzir os juros associados às emissões que tem realizado. E mesmo no mercado secundário, as taxas de juro implícitas na dívida portuguesa têm vindo a descer.

Ainda esta quarta-feira, 17 de Maio, foi noticiado que o Governo prevê antecipar o pagamento ao FMI de "6,5 mil milhões em 2018 e pelo menos 700 milhões de euros em 2019", num total de 7,2 mil milhões de euros.

Inicialmente, e sem qualquer antecipação dos reembolsos, estava previsto que Portugal começasse a devolver o dinheiro pedido ao FMI apenas em 2019, ano em que deveria pagar 2,5 mil milhões de euros, seguindo-se mais 4,9 mil milhões em 2020 e outros 4,3 mil milhões de euros em 2021.

(JdN)
 
Sto seguendo la 2027. In questo momento bid/ask 107,72-108. Cominciano a prudermi le mani.... 108 era un prezzo al quale pensavo di poter vendere, ma sono indeciso. L'indecisione deriva dalla forza con la quale stanno salendo e dai volumi che vedo: piu di 1milione a quest'ora. Chi vende a 108, vende 20k..chi acquista ne chiede 150k. C'è richiesta, anche a questi prezzi. Richiesta e pochi, per il momento disposti a vendere.
sulla 2045 , volume oltre 7milioni con il prezzo a 102
sulla 2037, volume oltre 2milioni- qui' siamo nella norma, prezzo a 104,70, ma ask già a 105.
Dove possono arrivare?
Il problema è che in poco tempo questi titoli hanno reso oltre il 10% .....tanto!!! troppo!!! ...ma ancora non mi sento pronto a vendere.....sposterò l'asticella 1 punto più avanti.
 
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, avançou hoje a hipótese de haver capital árabe na compra da dívida portuguesa, o que significará “um estreitamento de relações económicas e financeiras entre Portugal e o mundo árabe”.

“Há capital árabe em empresas chave na economia portuguesa, há capital português que quer avançar investindo em países árabes e por outro lado há, hipoteticamente, a possibilidade de haver capital árabe comprando dívida pública portuguesa e se isso vier a acontecer significa um estreitamento de relações económicas e financeiras entre Portugal e o mundo árabe”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falava aos jornalistas à saída das Jornadas Árabes, que hoje e na quinta-feira decorrem na Torre do Tombo, em Lisboa.
O Presidente da República destacou que “o mundo árabe tem uma posição económica e financeira em Portugal muito significativa”.

Durante o discurso nas jornadas sobre “Memórias árabes-islâmicas, diálogo entre civilizações”, organizadas pela Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa recordou a recente visita do primeiro-ministro, António Costa, ao Qatar, a “presença de investimento árabe de forma crescente” em Portugal e “a preocupação com levar mais longe o relacionamento financeiro, científico, tecnológico, cultural, social e humano” entre as duas civilizações.

“Ganha Portugal, mas ganha o mundo árabe porque sabe que tem em Portugal um parceiro conhecido pela paz, pela paz política, pela estabilidade institucional, pela paz social, pela segurança, pela previsibilidade, pelo início de uma recuperação económica, pela consolidação das contas públicas e pela preocupação de abertura ecuménica a todos, sem limites, com a tal paciência e persistência que são um traço fundamental da nossa maneira de ser”, enalteceu.

Na opinião do chefe de Estado, “Portugal encontra-se numa posição privilegiada para, no concerto das nações, promover o diálogo entre civilizações, culturas, povos e religiões”.

“Um diálogo urgente, num mundo e num tempo em que ganham expressão as narrativas, as culturas ou inculturas da intolerância, da exclusão, do fanatismo, da ignorância, que não conhecem fronteiras nem limites, provocando a violência e sentimentos de insegurança contra os quais urge lutar”, defendeu.

Para Marcelo, este é um “combate a favor da abertura e não da clausura, em prol do conhecimento e não da ignorância e uma luta a favor de pontes e não de muralhas”.
“Uma luta a favor da paz, alicerçada numa visão humanista do mundo, que é a nossa”, resumiu, sublinhando o empenho de Portugal “na promoção de diálogos”.

A eleição de António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas é também, para o Presidente da República, “a aceitação de um português como um fator de diálogo, de entendimento, de promoção da paz”, sublinhando que “disso mesmo fala ele hoje no Parlamento Europeu”.

“Como é possível sermos vizinhos e não vivermos intensamente essa vizinhança?”, questionou, recordando que uma das primeiras visitas que fez logo no início do mandato foi a Marrocos e revelando que “dentro de poucas semanas” vai receber o chefe de Estado do Qatar, para além de ter “pendentes para o próximo ano vários convites para visitas de Estado a outros países irmãos árabes”.

(ECO)
 
Em duas décadas, o nível de investimento, em percentagem do PIB, passou dos 23,8% em 1996 para os 14,8% em 2016. Ou seja, o rácio caiu nove pontos percentuais. Os últimos dados divulgados pelo Eurostat revelam ainda que o investimento (público e privado) em Portugal, em percentagem do PIB, foi o menor da União Europeia, exceto o da Grécia. Os 14,8% já tinha sido atingidos em 2013, sendo que o nível de investimento recuperou até 2015, mas voltou a cair em 2016, fruto também do pior investimento público executado pelo Governo desde 1995.

Em comparação com 1996, são poucos os Estados-membros piores do que Portugal. É o caso também da Grécia que, com um nível de investimento de 11,4% do PIB, viu o seu rácio descer 9,4 pontos percentuais. Mas o pior caso é o da Eslováquia: há 20 anos os eslovacos tinham um investimento de 33,5%, mas no ano passado este foi de 20,2%. Ou seja, o rácio sofreu uma queda de 13,3 pontos percentuais.

Em sentido contrário estão países como a Bulgária (+13,7 pontos percentuais), Irlanda (+9,5 pontos percentuais), Suécia (+4,2 pontos percentuais) e França (+2,1 pontos percentuais). No caso dos irlandeses, esse aumento fez com que em 2016 o país tivesse o melhor registo de investimento, em percentagem do PIB, na União Europeia. A Irlanda registou um rácio de investimento de 29,%, seguido pela República Checa (24,6%), Suécia (24,2%) e Malta (23,4%).

No total, o investimento de 2016 na União Europeia quase que atingiu os três biliões de euros. 49% desse valor foram investidos em construção, 30% em maquinaria, equipamento e sistemas de armas e 20% em produtos de propriedade intelectual. Esta última categoria foi a que mais aumentou em proporção do total do investimento. Em média, o investimento na União Europeia fixou-se nos 19,7% do PIB em 2016, menos 1,3 pontos percentuais do que em 1996 (21%).

(ECO)



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