Titoli di Stato area Euro Titoli di stato Portogallo - Tendenze ed operatività (3 lettori)

Vespasianus

Princeps thermarum
Pil europeo del primo trimestre, dati Eurostat.




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Vespasianus

Princeps thermarum
O Governo fechou 2016 com um défice de 2% do PIB, uma diferença de apenas 0,2% do PIB ou qualquer coisa como 360 milhões de euros face ao objectivo inicial de 2,2% inscrito no Orçamento do Estado. O desvio diminuto esconde no entanto erros de previsão nas receitas e despesas públicas muito significativos, superiores a dois mil milhões de euros, de um lado e de outro da equação orçamental de Mário Centeno, nota o Banco de Portugal no Boletim Económico de Maio de 2017, onde faz um balanço da evolução da economia em 2016.

"A receita total das administrações públicas ficou significativamente aquém do previsto aquando da elaboração do OE2016, reflectindo, em particular, uma sobrestimação da colecta de receita correntes não fiscais (incluindo vendas) e da receita de capital. Verificou-se igualmente um menor crescimento da colecta de impostos, principalmente sobre a produção e importação", escreve o Banco de Portugal que sublinha que o desvio negativo na receita fiscal ocorreu apesar da evolução da actividade económica "ter sido próxima do antecipado no OE2016" e de o governo ter avançado com um programa de regularização de dívidas.

Esta evolução da receita permitiu ao Governo uma descida estrutural da carga fiscal e do peso da receita do Estado na economia, mostra o banco central numa outra análise no relatório.

Mas não foi só a receita que ficou aquém do previsto. Talvez até por causa disso, a execução da despesa "ficou também substancialmente abaixo do orçamentado", nota o banco central, que destaca uma agravante: o Ministério das Finanças inscreveu verbas substanciais no orçamento de 2016 "na forma de dotação provisional, reservas e cativações", que depois geriu com discricionariedade ao longo do ano, uma prática que "dificulta a monitorização da execução orçamental ao longo do ano".

Da análise de final de ano, o Banco de Portugal conclui que "quer as despesas com consumo intermédio, quer as outras despesas correntes apresentaram em 2016 valores muito inferiores aos inscritos no OE2016", e acrescenta dois outros: "pela sua magnitude é ainda de destacar o desvio negativo registado no investimento público" – o que atribui a menores receitas de fundos estruturais – ; e "a despesa com o serviço da dívida" que ficou "muito abaixo do previsto".
(JdN)


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Vespasianus

Princeps thermarum
O Banco de Portugal faz um balanço positivo da evolução do mercado de trabalho em Portugal em 2016, notando a continuação da descida do desemprego e uma novidade: os salários aceleraram de forma significativa face a 2015, puxando pela inflação. De acordo com os dados declarados à Segurança Social, os salários aumentam 1,6% em 2016, mais do dobro dos 0,6% registados em 2015.

"A evolução do mercado de trabalho em 2016 continuou a caracterizar-se por um aumento do emprego e uma descida da taxa de desemprego, mantendo o perfil de melhoria verificado a partir do segundo trimestre de 2013, num quadro de dinamismo salarial mais acentuado", lê-se no Boletim Económico de Maio, onde o banco central faz um balanço da economia em 2016, e no qual quantifica que "de acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social (MSESS) as remunerações médias declaradas à Segurança Social em 2016 registaram um crescimento de 1,6% face ao período homólogo, o que se consubstancia numa aceleração de 1,0 pontos percentuais face ao ano anterior".

Os economistas do banco central consideram que o maior dinamismo "deverá reflectir, em parte, o aumento do salário mínimo nacional", e sublinham que a subida é particularmente relevante num contexto em que a negociação de contractos colectivos, que definem os salários de 90% dos trabalhadores, permanece pouco dinâmica.

Este aumento de salários contribuiu para puxar pelo aumento dos preços em Portugal, escreve ainda o banco central, explicando a inflação de 0,6% na média do ano, uma ligeira aceleração face aos 0,5% de 2015.

Desemprego de longa duração prejudica crescimento potencial
Em 2016 a taxa de desemprego caiu de 12,4% em 2015 para 11,1% do PIB, ficando próxima dos níveis de 2010. O número de desencorajados – os que não procuram emprego, mas dizem-se dispostos a trabalhar – representou 4,6 da população activa, e o peso dos desempregados há mais de 12 meses no desemprego total "manteve-se num nível muito alto" (62,1% ou 356 mil indivíduos) resume o banco central, avisando que elevados níveis de desemprego de longa duração tendem "a provocar uma depreciação acentuada do capital humano, com efeito adversos no crescimento potencial da economia".

O crescimento de empregos também colocado em perspectiva. "De acordo com o Inquérito ao Emprego, o emprego total aumentou 1,2 por cento em 2016, após um aumento de 1,1 por cento em 2015", escrevem os economistas do banco central notando que a economia não recuperou sequer metade dos empregos perdidos na crise: "Apesar da tendência crescente do emprego, os seus níveis mantêm-se historicamente baixos, na sequência da queda sem precedente observada entre o final de 2008 e o princípio de 2013 que, de acordo com as Contas Nacionais Trimestrais, correspondeu a cerca de 650 mil indivíduos. Cerca de 290 mil empregos terão entretanto sido recuperados até ao final de 2016", lê-se no relatório.

O Boletim Económico de Maio fica marcado por análise que evidencia os desenvolvimentos positivos da economia em 2016, em particular da segunda metade do ano, ao mesmo tempo que avisa para a situação muito frágil em que o país ainda se encontra. Na análise do banco a economia nacional está no bom caminho – as empresas estão a ganhar quota de mercado nas exportações, a recuperação da economia no final do ano e as medidas de apoio ao consumo privado foram compatíveis com uma redução do défice orçamental e a manutenção de um excedente externo em boa medida graças ao turismo, e o desemprego baixou – mas tudo isto não esconde três grandes ameaças que pendem sobre o País: o elevado endividamento privado e público, o baixo investimento na economia que limita a produtividade e o envelhecimento populacional.

(JdN)
 

Vespasianus

Princeps thermarum
Questionado pelo ECO sobre a possibilidade de o Governo avançar com uma alteração legislativa que mude a política de provisões e dividendos, o Banco Central Europeu (BCE) responde que o assunto é tratado pelas autoridades nacionais. O BCE esclarece que “não existem guidelines” para os bancos centrais em matéria de provisionamento.

A instituição liderada por Mario Draghi e Vítor Constâncio afasta-se assim da polémica gerada em Portugal e atira a decisão para as “autoridades nacionais”.

“Este é um assunto relativo às autoridades nacionais”, esclarece fonte oficial do BCE, descartando a existência de um impedimento no enquadramento europeu para que esta mudança avance, tal como pretende o Governo, Partido Socialista e Bloco de Esquerda.

“Não existem guidelines centrais para o provisionamento“, acrescenta a mesma fonte, recusando fazer mais comentários sobre a matéria. Também dentro da Lei Orgânica do Banco de Portugal (BdP) existe ambiguidade quanto à constituição de provisões, ficando ao critério da política que o Conselho de Administração do banco central quiser fixar.

Na passada sexta-feira, na apresentação do relatório sobre a sustentabilidade da dívida, o secretário de Estado do Orçamento, João Leão, apesar de não assinar o documento, destacou três medidas em que o Governo estava de acordo, sendo uma delas precisamente a diminuição das provisões do BdP e o aumento dos dividendos, tal como aconteceu no Orçamental do Estado para 2017.

(ECO)
 

Vespasianus

Princeps thermarum
Portugal vai continuar a ser o país do euro com o maior nível de riqueza hipotecada pelos juros da dívida pelo menos até 2020. Este cenário tem sido constante desde, pelo menos, 2015 e assim continuará nos próximos quatro anos. E por ter os juros mais altos da zona euro, os contribuintes nem sentem que já têm das contas públicas em melhor estado de toda a região – isto se por “melhor estado” considerarmos o saldo primário (sem contar com juros): as contas portuguesas vão ter excedentes primários e acima de quaisquer outras nos quatro anos até 2020.

Segundo os vários programas de estabilidade 2017-2020 agora entregues à Comissão Europeia (CE), Portugal vai dedicar 4,2% do PIB ao pagamento de juros este ano e 4%, 3,9% e 3,8% respetivamente em 2018, 2019 e 2020
. Estes valores comparam com a média de 1,8% a 1,6% de riqueza hipotecada por juros considerando a zona euro como um todo – incluindo Portugal e excluindo a Grécia, que estando sobre intervenção continua isenta de apresentar programa de estabilidade.

Além da comparação com a média, também na comparação individual com cada país Portugal surge acima de todos, já que, tirando Itália, nenhum outro país paga sequer 3% de juros por ano entre 2017 e 2020 [ver tabela em baixo]. Os italianos apesar de terem uma dívida em função do PIB superior à portuguesa – 132,5% vs. 127,9% em 2017 -, pagarão menos juros este ano e nos seguintes.

Olhando para a evolução prevista pelos transalpinos para o custo da sua dívida, nota-se que só em 2020 é que os contribuintes em Portugal deixam de estar sozinhos na liderança de pagamentos a credores: a despesa com juros italiana vai variar de 3,9% a 3,8%, atingindo este valor no último ano considerado, tanto quanto Portugal no mesmo ano. Em 2021, Lisboa já “só” conta gastar 3,6% do PIB em juros, mas Itália não tem previsões até lá.

Excedentes hipotecados
Apesar de estarmos no campo das finanças públicas e do “macroeconomês”, a questão da dívida e dos juros resume-se a uma expressão bem portuguesa: pescadinha de rabo na boca. A dívida não cai porque os juros são altos e estes são altos porque a dívida não cai. De outra forma: a dívida cresce porque as contas são deficitárias à conta dos juros. Ou seja, sem um nível tão alto de juros, as contas não resultariam em défice – isto num cenário em que o nível de austeridade se mantinha – e a dívida (e os juros) desceriam mais.

É por esta razão que as contas portuguesas, apesar de já apresentarem mais e maiores excedentes primários que as contas de quaisquer outros dos restantes países do euro, não conseguem acelerar a dieta de endividamento. Em 2017, por exemplo, o saldo primário das contas portuguesas deverá resultar em 2,7% do PIB de excedente. Valor que sobe para 3,1%, 3,6% e 4,2% respetivamente entre 2018 e 2020, de acordo com as projeções do Governo apresentadas no plano de estabilidade. Em todo este período, mais nenhum país do euro se aproxima destes valores.

De acordo com os dados avançados pelos países nos seus planos de estabilidade 2017-2020, os saldos primários médios da zona euro variam entre 0,9% e 1,8% nos anos considerados. Também aqui, e mais uma vez, a Itália é o exemplo mais próximo do português: tendo o segundo nível de juros mais alto em toda a zona euro, também os italianos já avançaram com uma dieta – leia-se austeridade – que resultou numa melhoria substancial do saldo primário. Mas tal como no caso português, a melhoria tem sido mais do que dizimada pelos juros. Ou seja: a austeridade em Itália e Portugal tem servido para financiar o elevado nível de pagamento de juros e pouco mais. O mesmo se pode dizer para Espanha – terceira despesa com juros mais alta e com saldos primários entre os mais elevados da região.

Portugal não corta taxa implícita
O Plano de Estabilidade português, num misto de redução de dívida e crescimento do PIB, promete cortar o endividamento de 127,9% do PIB em 2017 para 117,6% em 2020, o que significa que no período a dívida portuguesa continuará a segunda mais elevada da região, ultrapassada apenas pela italiana. Também a redução prometida, de 10,3 pontos, é a segunda maior prevista nos planos dos países do euro, sendo superada pelo corte de 15 pontos prometido pelos cipriotas
– também eles alvo da troika nos anos recentes.

Contudo, e apesar do corte prometido para a dívida, Portugal vai ser um dos três países da moeda única que não vai conseguir melhorar as condições da dívida nos anos considerados, sendo que, entre estes três, é o que já paga mais: a taxa de juro implícita à dívida este ano é de 3,3%, tanto quanto será em 2020. Ao lado de Lisboa, Berlim – cuja taxa vai subir para 2% – e Roma, que a mantém nos 3%. Neste campo há no entanto um país com uma taxa de juro mais alta que a portuguesa. Os malteses enfrentam uma taxa de 3,6%, que deve cair até 3,4% até 2020.

(DV)



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Vespasianus

Princeps thermarum
Ciao Vespasianus, ti sentiresti di fornire un consiglio sull'eventuale target price per il Pto 2045 preso a 95? Grazie per qualsiasi risposta...

Non sono la persona giusta a cui chiedere, visto che sui portoghesi non ne ho indovinata una. Tanto per dire, ho venduto tutto a dicembre dopo la riunione della Bce, in perdita.
Avessi aspettato, adesso sarei andato alla pari, forse anche una mezza figura sopra il pmc (e con 5 mesi di cedole in saccoccia).
Visti i precedenti, non faccio nessuna previsione. Sono fuori dai tds portoghesi e resto fuori, almeno fino a quando la Bce annuncerà la riduzione del PSPP.
È possibile qualche ulteriore guadagno dopo le elezioni francesi, se Macron vince, ma è una banalità. Oltre a questo non vado, perché avrei ottime probabilità di dire delle castronerie epocali.
 

Vespasianus

Princeps thermarum
More than a decade after markets first encountered the notion that bonds can resist the pull of benchmark interest rates, investors are facing a rerun of the perplexing conundrum.

The yield on benchmark 10-year U.S. Treasuries has tumbled from its post-election high even as equity markets dance to a bullish beat -- sparking fears that the global market rally could be on thin ice if the bearish growth prognostications implied by government bonds come to pass.

But markets shouldn’t overthink the conflicting messages being sent by bonds and stocks, according to Oxford Economics Ltd.’s Gaurav Saroliya. He argues that the ability of Treasuries to signal what’s coming up for the wider economy is overrated thanks to a glut of excess savings and more coordinated business cycles that have helped curb the post-U.S. election advance in yields.

In doing so, Saroliya is pushing back against traditional models for bond yields, which fuse expectations for domestic interest rates, inflation and nominal output over the long run. He’s also echoing a growing chorus of researchers who argue that sweeping changes in the world’s financial markets will help support Treasury prices for years to come and even in the face of rising inflation.

“Global forces look set to limit rises in long-end bond yields even for markets where there may be local reflationary impulses,” Saroliya wrote in a client note last week. “A trend rise in long-end yields requires a pick-up in global trend inflation, which, our research shows, isn’t imminent.”


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In other words, long-dated U.S. Treasuries are stuck in a rut thanks in large part to a glut of global savings and depressed core price pressures across the euro-area and Japan, according to the London-based analyst, who warned in mid-March that such global forces would help spur a decline in the 10-year Treasury note from 2.6 percent by as much as 100 basis points. Since then the benchmark bond has unwound about half its post-election advance to yield 2.33 percent.

Data from 11 markets shows the global pool of sovereign debt moving to a similar beat, sharing 67 percent of variation in yields, Saroliya’s research shows, deploying a study known as principal component analysis. In other words, global bond markets are far more concentrated than in the past -- and are influencing each other more than ever.

“Our analysis suggests that intuitive anchors of long-end nominal yields, such as nominal GDP growth, are alone unlikely to perform well in the current regime of large cross-border capital flows and structural forces such as the global savings glut,” he says.


That echoes the conundrum that faced markets back in 2005, when former Fed Chairman Alan Greenspan noted swelling current account surpluses in China and the Gulf were driving a decline in long-term yields and defying a series of policy rate hikes.

Saroliya’s study is the latest to highlight the weakening link between short-term policy rates and long-end yields thanks to an increase in correlations across developed markets -- a challenge that Greenspan’s successor, former Fed Chair Ben Bernanke, has cited for the U.S. central bank as it smooths the business cycle through anchoring borrowing costs.

A Bank for International Settlements report last year, for example, found that a 100 basis point rise in long-dated Treasury yields is associated with a 79 basis point increase in similar-duration yields in other advanced economies, as globalization has pushed business and investment trends to move in lockstep. Strategists at Societe Generale SA, meanwhile, reckon swelling current account surpluses in the euro-area and East Asia will cap sovereign bond yields this year.

Investors fearful of economic signals implied by low long-dated bond yields may find additional comfort from the BIS, citing the buying behavior of pension and insurance funds who need to buy more assets to offset falling yields that swell their funding shortfalls.

"Very low yields on long-term government bonds may not necessarily signal prolonged future economic stagnation and deflation but instead reflect efforts by institutional investors to limit risk," Hyun Song Shin, head of research at the BIS, concluded in a speech in March.

(BBG)


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